Ligas europeias dizem que não foram consultadas sobre relançamento da Superliga

(Foto: Harry Murphy - Danehouse/GettyImages)


As Ligas Europeias - 39 ligas e associações profissionais de 33 países, abrangendo mais de 1.130 clubes - disseram, na quinta-feira (19), que não foram consultadas pelos promotores da Superliga Europeia com relação ao relançamento como Liga Unify.

"As Ligas Europeias tomam nota do anúncio feito esta semana pela A22 e rejeitam qualquer sugestão de que tenha havido uma consulta à nossa organização", afirmou em um comunicado.

A Superliga Europeia (ESL) original, apoiada por 12 dos maiores clubes do continente, foi lançada de forma controversa em 2021, mas o apoio foi interrompido após uma reação dos torcedores.

Ao contrário dos planos originais que garantiam vagas aos 12, a empresa de desenvolvimento esportivo A22 disse que o novo formato de 96 clubes em quatro ligas seria baseado no mérito e teria teor mais competitivo do que as atuais competições de clubes da UEFA.

A A22 também prometeu streaming gratuito para os torcedores na própria plataforma apoiada por publicidade e um retorno ao formato dentro e fora de casa, abandonado na renovada fase de grupos da Liga dos Campeões.

A organização disse que continua comprometida com a estrutura atual, na qual os clubes se qualificam para as competições de clubes da UEFA com base no desempenho doméstico anual.

"O modelo de competição do A22, que não foi solicitado e não tem fundamento, aumentaria o número de partidas internacionais em um calendário já congestionado", acrescentou a Liga Europeia.

"Os torcedores e as partes interessadas de todo o esporte sempre deixaram claro que qualquer tentativa de competições internacionais de clubes, existentes ou novas, de expandir os calendários às custas das competições nacionais, seria rejeitada.

"As Ligas Europeias e a FIFPro Europa pediram à Comissão Europeia para garantir que nenhuma decisão seja tomada sobre o calendário de jogos internacionais sem o acordo formal das ligas nacionais e dos sindicatos de jogadores".

Acrescentaram que continuarão a trabalhar com as partes interessadas relevantes para "manter um equilíbrio complementar e sustentável entre o futebol nacional e internacional".

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