5 dicas essenciais para torcer sem ser capacitista nos Jogos Paralímpicos de 2024

(Foto: Marcello Zambrana/CPB)


Os Jogos Paralímpicos são uma celebração do esporte e da diversidade. Hoje começa a edição de Paris 2024 do evento. Nesse momento, é importante que a torcida e o apoio aos atletas não reforcem estereótipos ou atitudes capacitistas, ou seja, aquelas que discriminam ou subestimam pessoas com deficiência. A AACD, entidade referência em ortopedia e reabilitação de pessoas com deficiência física há 74 anos, preparou cinco dicas para o público torcer com respeito e consciência durante as competições.

1) Valorize o esforço, não a deficiência:

Evite destacar a deficiência do atleta como motivo de inspiração. Enfatize o talento, dedicação e habilidades esportivas, da mesma forma que faria com qualquer outro atleta.

2) Cuidado com o vocabulário:

Termos como "super-herói" ou "coitadinho" podem parecer elogios ou expressões de empatia, mas acabam colocando as pessoas com deficiência em termos de desumanização. Use termos neutros e respeitosos, como "atleta", "competidor" e "campeão".

3) Não subestime as capacidades dos atletas:

Evite frases como "não sabia que eles podiam fazer isso". Lembre-se de que os atletas paralímpicos são profissionais altamente capacitados e treinados, capazes de feitos impressionantes em suas modalidades, sem que isso seja surpreendente.

4) Evite comparações:

Não compare os esportes paralímpicos com os olímpicos, como se houvesse uma hierarquia. Cada modalidade tem suas próprias regras e desafios, e todos os atletas merecem reconhecimento por suas conquistas, sem comparações desnecessárias.

5) Apoie de forma inclusiva:

Demonstre apoio aos atletas durante o ano todo, em todas as modalidades e níveis, ajudando a construir uma sociedade mais justa e igualitária.

A AACD também aproveita para refletir sobre a importância da reabilitação para a inclusão das pessoas com deficiência em todas as esferas da sociedade, inclusive nos esportes. Ao longo das mais de sete décadas de atuação, a entidade tem atestado como o trabalho terapêutico é a primeira fase para garantir inclusão e a possibilidade de uma vida plena e com independência.

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