(Foto: Reprodução) |
O goleiro Alisson, da Seleção Brasileira, sofreu um trauma no dedo mínimo da mão esquerda durante o treino da última sexta-feira (16) e não participou da partida realizada no sábado, contra a Guiné. Nesta terça-feira (20), o atleta também deve ser poupado do jogo contra o Senegal.
Lesões a longo prazo, em diversas articulações de jogadores de futebol, têm sido bastante discutidas na literatura. Em 2019, um estudo científico constatou que, comparados aos jogadores de campo, os goleiros sofrem lesões nas extremidades superiores cinco vezes mais frequentemente.
A pesquisa pontua que a história médica e os achados clínicos indicam déficits nas mãos dos arqueiros e alta prevalência de lesões articulares e ligamentares sofridas nos dedos durante sua atividade esportiva. Ainda de acordo com o estudo, “isso requer estratégias específicas no futuro para prevenir lesões e déficits pós-traumáticos de longo prazo”.
Outros casos de lesões nos dedos de goleiros entraram para a história. Em 1957, de tanto quebrar o dedo mínimo da mão esquerda, o então goleiro do Fluminense, Castilho, ficou com a última parte do dedo, onde fica a unha, a chamada falange distal, virada para fora da mão. Sendo necessária cirurgia para alinhar o dedo, com prazo de seis meses para recuperação e afastamento da final do campeonato carioca e, posteriormente, da Copa do Mundo, Castilho assinou um termo autorizando os médicos a amputarem parcialmente o dedo. O procedimento foi feito no final de maio e no início de junho ele já havia voltado aos treinamentos.
Em outra situação, Marcos, ídolo do Palmeiras, foi campeão da Copa do Mundo, mesmo com uma grave lesão no punho.
Especialistas da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) podem explicar sobre os tipos de lesões frequentes nesses esportistas, as consequências que elas podem ter e os tratamentos para cada caso.
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