Festival Paralímpico tem edição histórica com 15 mil participantes

(Foto: Ale Cabral/CPB)


O Brasil realizou, neste sábado, um dos maiores eventos de inclusão social através do esporte dos últimos tempos. Foi na manhã deste dia 24 de setembro que aconteceu a quarta edição do Festival Paralímpico, em celebração pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e pelo Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22). As atividades ocorreram em 105 sedes espalhadas por 98 cidades, reunindo um público recorde de 15 mil participantes.

No Festival, crianças e adolescentes de 8 a 17 anos - com e sem deficiência física - tiveram contato com as mais variadas modalidades paralímpicas. No Rio, uma das sedes foi o Estádio de São Januário, casa do Vasco da Gama, que teve demonstrações de futebol de 7, parabadminton, vôlei sentado e bocha.

- O evento muito legal. Adoro esportes, pratico judô, natação, futebol e capoeira e está sendo muito legal conviver com outras crianças. Acho legal essa convivência com as crianças com deficiência para conhecer o universo deles - disse o pequeno João Miguel, de seis anos, um dos mais empolgados com o futebol de 7 da sede do Vasco.

Nadadora paralímpica do Vasco, Maria Eduarda Monteiro, de 19 anos, também marcou presença em São Januário. Ela, que é cadeirante, ainda não havia tido contato com algumas das modalidades realizadas neste sábado na Colina.

- Achei muito interessante isso aqui, pois foi uma oportunidade de ter contato com outros esportes como vôlei sentado e futebol de 7. Gostei muito do badminton também, que eu nunca tinha jogado. Eu, como paraatleta, apoio muito essa iniciativa para divulgar a nossa causa - destacou.

Em São Paulo, a principal sede de atividades do Festival foi o Centro de Treinamento Paralímpico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Lá, o presidente da entidade, Mizael Conrado reforçou que este foi o maior evento de inclusão já realizado no país.

- O Festival Paralímpico representa a essência do esporte. Promovemos a interação entre 15 mil crianças, com e sem deficiências, em 98 cidades do país. E tenho certeza de que muitos desses participantes vão se tornar atletas de alto rendimento no futuro, a partir dessa inclusão e iniciação feitas pelo CPB - comentou.

Além das crianças, medalhistas paralímpicos, como Leomon, ouro no goalball nos Jogos de Tóquio 2020, e Thomaz Ruan, prata nos 400 m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) na capital japonesa, também estiveram presentes no espaço.

- Estou muito feliz em participar pela primeira vez do evento, ver as crianças se divertindo ao praticar esporte. Eu comecei assim também, considerando o atletismo como uma diversão com amigos. Até hoje, quando estou com o Petrúcio (Ferreira) a gente fala em "brincar de correr". Espero que saiam vários atletas paralímpicos de projetos como esse - concluiu Thomaz Ruan.

Globo Esporte

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