(Foto: Vitor Silva/Botafogo) |
Quase três meses depois da assinatura da SAF, o Botafogo ainda busca acordo interno e com a Prefeitura do Rio para repassar oficialmente a exploração do Nilton Santos à nova empresa que controla o futebol do clube. Exigência da lei da SAF, a transferência depende de detalhes a serem acertados entre empresa, associação e poder público.
A negociação ainda não está finalizada entre clube e John Textor. E tem no poder público uma etapa a mais para chegar ao consenso. Alguns pontos estão na mesa de negociação: compensação financeira, partes do estádio que serão explorados, custos e investimentos. A concessão do governo municipal deixa o clube vinculado ao estádio até 2051 por meio da Companhia Botafogo.
Para completar, outra parte importante é entender o nível de liberdade que o Botafogo terá para fazer mudanças que considera necessárias com menos burocracia. Hoje, qualquer ação no estádio precisa do crivo da Prefeitura.
A lei da Sociedade Anônima do Futebol exige que instalações como estádios e centro de treinamento sejam repassados pelas associações às novas empresas, mas não especifica condições, que precisam ser resolvidas entre os lados.
O que diz a lei
"Se as instalações desportivas, como estádio, arena e centro de treinamento, não forem transferidas para a Sociedade Anônima do Futebol, o clube ou pessoa jurídica original e a Sociedade Anônima do Futebol deverão celebrar, na data de constituição desta, contrato no qual se estabelecerão as condições para utilização das instalações"
SAF adianta investimentos
A burocracia não impede o clube de fazer o planejamento andar. Atualmente, a SAF já está presente no dia a dia do Nilton Santos, participa da gestão e também de melhorias, como reforma de gramado e vestiário. Nesse momento, o campo principal passa por obras previstas para terminar na próxima semana.
Recentemente, o clube contratou um novo gerente de operações para o estádio, Alexandre Barros, profissional que já trabalhou na Copa América de 2019 e na Amsterdam Arena, na Holanda.
O maior esforço até agora foi feito pela grama. O clube faz reparos que, antes, não eram frequentes por falta de recursos. No fim do ano, com a temporada encerrada, está prevista reforma geral e, possivelmente, a troca para um gramado híbrido, processo feito no Maracanã para 2022 (veja no vídeo).
Textor pensa em novo estádio
Paralelo à negociação para regularizar a permanência no Nilton Santos, John Textor fala abertamente sobre a construção de um novo estádio para o que também está ligado às conversas com a Prefeitura. Mesmo se optar por deixar o estádio, isso não deve acontecer por pelo menos três anos.
Em entrevistas recentes, o empresário externou o desejo de construir uma nova casa para 25 mil ou até 40 mil pessoas. Nesse início da era SAF, a média de público do clube beira as 30 mil pessoas por jogo. Em conversa com influenciadores no canal "Fala, Fogão", o acionista contou que procura terrenos pela cidade do Rio.
O plano é para o futuro, ainda não está perto de sair do papel. Até porque a empresa precisa estudar custos de construção e maneiras de fazer o estádio sustentável financeiramente. Isso também está ligado às condições que clube e empresário firmarão para repassar a gestão do Nilton Santos pelos próximos anos.
Globo Esporte
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