(Foto: Alexandre Vidal/CRF) |
O Flamengo estreou na Libertadores com vitória, mas o fracasso no Carioca ainda ecoa pela Gávea e pelo Ninho do Urubu. O momento é de cobranças internas, externas e de tentar dar explicações sobre o que acontece no dia a dia do CT. E o foco é Marcos Braz, vice-presidente e cabeça do futebol rubro-negro.
O mau futebol potencializado pelo vice estadual o coloca em xeque perante a conselheiros e torcida depois de anos de estabilidade à frente da pasta mais importante do clube. Mas Braz ainda conta com aliados e nem pensa em pedir para sair.
Os focos principais das cobranças são a relação do elenco com o técnico Paulo Sousa e a falta de evolução no desempenho do time. Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Flamengo, não cogita entregar seu cargo, mesmo com a elevação do questionamento sobre seu comando. Aliás, também garante nem cogitar a demissão de Paulo Sousa.
O presidente Rodolfo Landim fica ainda mais uma semana fora do Brasil, com previsão de retorno para o dia 13 ou 14. Até lá os comandos do futebol seguem intactos e sem previsão de mudanças. Embora exista pressão pela saída de Braz, até mesmo muitos de seus críticos afirmam não existir atualmente possíveis quadros com estofo para substituí-lo.
Na última segunda-feira, na reunião dos vice-presidentes, Marcos Braz teve que responder a muitas perguntas dos outros VPs sobre como tem sido o trabalho de Paulo Sousa e a relação com os jogadores. Landim participou de forma virtual.
Reunião com conselheiros é cancelada
Uma conversa com um grupo de conselheiros acertada após 60 destes firmarem um abaixo-assinado estava agendada para a noite desta quarta, mas foi cancelada por Braz. A queda do encontro se deu por pressão do núcleo duro da atual gestão, que considerava importante Marcos primeiro dar satisfações a aliados e posteriormente transitar em diferentes grupos para maiores esclarecimentos.
No próximo dia 18, aliás, o Conselho Deliberativo votará uma emenda ao Estatuto do Flamengo que afeta diretamente Marcos Braz, que está decidindo se concorrerá ou não à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Atualmente o VP é vereador.
A inclusão do inciso VIII ao artigo 77 diz o seguinte: "Ficará impedido de participar de qualquer Poder o associado. (...) VIII – que seja candidato a cargo público eletivo durante o período compreendido entre a homologação de sua candidatura e a proclamação do resultado eleitoral".
Entre as propostas de conselheiros, há um pedido por um executivo de futebol com maior peso no mercado do que Bruno Spindel e, inclusive, sugestão de nomes para substituir Marcos Braz são cogitados. Três grupos políticos indicaram o nome de Fábio Palmer, integrante do conselho de futebol. A agenda profissional de Palmer, porém, faz com que até seus entusiastas achem difícil que ele consiga conciliar tais compromissos.
Após incomum decisão de ficar no Rio de Janeiro em partida de Libertadores para tocar outros compromissos do Flamengo, Marcos Braz decidiu agendar encontro de organizadas do clube com lideranças do elenco. Os jogadores não receberam bem a ideia, e as palavras de Everton Ribeiro no desembarque após a vitória sobre o Sporting Cristal deixaram isso explícito. A insatisfação ganhou eco em alguns familiares de atletas.
Apesar de desaprovada pelo grupo, o encontro com representantes das torcidas e as lideranças do plantel foi bancado por Braz em reunião com os vice-presidentes, na segunda-feira. Disse a eles que segurou as organizadas durante toda a gestão de Rodolfo Landim, mas vê o momento como oportuno para o time ouvir a voz das arquibancadas.
Globo Esporte
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