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A tenista belarussa Victoria Azarenka, ex-número 1 do ranking mundial e atual 17ª da lista, criticou nesta quinta-feira a posição dos organizadores do torneio de Wimbledon de impedir que tenistas da Rússia e de Belarus joguem a competição. Ela, que está no momento em Madrid, na Espanha, jogando o WTA 1000, não poderá estar no terceiro Grand Slam da temporada, em Wimbledon, em julho, local em que foi semifinalista em 2011 e 2012.
- Se você está me perguntando se eu concordo com Wimbledon ou entendo o raciocínio deles, a resposta é que não entendo o raciocínio deles. Não faz sentido e não se conecta ao que eles estão dizendo. Acho que deve haver uma reação a isso, é tudo o que quero dizer- disse.
A ATP (Associação de Tenistas Profissionais) e a WTA (Associação de tenistas mulheres profissionais) já tratam a decisão como discriminatória. A tenista ainda comentou que é totalmente contra a guerra na Ucrânia, em que Rússia e seu país, Belarus, estão politicamente juntas no conflito:
- Deixei minha posição muito clara sobre o assunto. Nunca, jamais apoiarei a guerra. Nunca apoiarei a violência. Nunca encontrarei justificativas para isso. É tudo o que posso dizer agora - disse.
Com a decisão, dois dos top 10 do mundo entre os homens (os russos Daniil Medvedev e Andrey Rublev) e três das top 20 (Aryna Sabalenla, Victoria Azarenka e Anastasia Pavlyuchenkova) entre as mulheres não poderão jogar.
O campeonato de Wimbledon de 2022 será a primeira vez que os jogadores serão banidos com base na nacionalidade desde a era imediatamente pós-Segunda Guerra Mundial, quando jogadores alemães e japoneses foram excluídos.
Já o segundo Grand Slam do tênis, em Roland Garros, que começa no fim de maio, confirmou que russos e belarussos poderão sim jogar. O presidente da Federação Francesa de Tênis, Gilles Moretton, disse que os atletas terão um "regime de estrita neutralidade", ou seja, sem a bandeira de seu país.
Globo Esporte
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