(Foto: Getty images) |
Thiago Braz continua fazendo história no atletismo. Depois de ser campeão olímpico no Rio e de ganhar um bronze em Tóquio, o brasileiro foi o primeiro homem a conquistar uma medalha no salto com vara em um Mundial indoor para o país. Com 5,95m, ficou em segundo lugar, atrás do sueco Armand Duplantis, atual campeão olímpico e recordista mundial. O sueco, aliás, depois de garantir o ouro, seguiu na prova para bater a própria marca. E conseguiu estabelecer um novo recorde mundial ao passar os 6,20m na terceira tentativa.
Curiosamente, mais uma vez, um Lavillenie sofreu com Thiago. Depois de Renaud ficar atrás de Thiago nas duas Olimpíadas (no Rio ficou com a prata e reclamou muito das vaias da torcida e, em Tóquio, acabou em quarto), agora foi a vez do irmão dele, Valentin, sofrer pela pressão e acabar em quarto.
Essa é a décima sétima medalha do Brasil em mundiais indoor. Na história, o país conquistou cinco ouros, seis pratas e seis bronzes.
A prova
O recordista mundial Armand Duplantis saltou 5,85m enquanto seus rivais ainda estavam no 5,75m, colocando uma imensa pressão nos outros. O americano Christopher Nilsen não sentiu o baque, foi para a mesma altura e também passou de primeira. O francês Valentin Lavillenie tentou também e passou de segunda, assim como Thiago Braz. A disputa ficou então entre os quatro.
Lider na disputa, Duplantis decidiu não pular os 5,90m e esperar pelos 5,95m. Nilsen tentou os 5,90m, passou na segunda tentativa e assumiu a primeira posição. Thiago decidiu fazer o mesmo que Duplantis e jogou a pressão para Lavillenie. O francês tentou três vezes os 5,90m para tentar passar Thiago. Mas não conseguiu e ficou em quarto.
Com os medalhistas definidos, a questão era saber quem levaria qual medalha. E o sueco passou com imensa facilidade pelos 5,95m retomando a liderança. Nilsen tentou duas vezes e errou. Thiago também. Mas, na terceira, o brasileiro passou. O americano precisava passar para não perder a medalha de prata. Para sorte do Brasil, Nilsen errou. Restaram Thiago e Duplantis na pista.
Duplantis saltou os 6,05m com muita facilidade e saiu para dançar na lateral da pista. Thiago tentou saltar os 6,05m, que seria a melhor marca de sua carreira, mas não conseguiu e ficou com a prata. Já com o ouro garantido, Duplantis subiu o sarrafo para 6,20m para tentar bater seu próprio recorde mundial. Na terceira tentativa, conseguiu o feito.
Quase também no salto em altura
No salto em altura, o Brasil chegou a sonhar com medalha. Thiago Moura empatou com o italiano Gianmarco Tamberi, com o neozelandês Hamish Kerr e com o suiço Loïc Gasch em segundo lugar. Todos pararam no 2,31 metros. E todos só saltaram essa distância no segundo salto. Mas o suiço não tinha errado nenhum salto até então e ficou com a prata no desempate.
No desempate pelo bronze, o italiano levou a melhor. Ele falhou apenas um salto anteriormente, nos 2,24m. O neozelandês ficou em quarto por ter errado o primeiro salto, ainda em 2,15m. Thiago, que havia precisado de dois saltos em todas as alturas acabou em quinto.
Fernando Ferreira também participou da prova, mas acabou não disputando medalha. Ele saltou 2,24m, sua melhor marca da temporada, mas acabou em sétimo.
Globo Esporte
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