Torcedores do Palmeiras relatam dificuldades em Dubai e Abu Dhabi por causa de protocolos e burocracia

Torcedores do Palmeiras em Abu Dhabi, nos Emirados (Foto: Felipe Zito)


Os protocolos de saúde das cidades de Dubai e Abu Dhabi têm causado desencontro de informações e problemas para alguns torcedores do Palmeiras que viajaram aos Emirados Árabes Unidos por causa do Mundial de Clubes.

Mesmo vizinhas, as cidades não adotam os mesmos critérios. Quem chega ao país por Abu Dhabi, por exemplo, realiza um teste para Covid-19 ainda no aeroporto, enquanto que em Dubai há relatos de tal serviço não ter sido oferecido nos últimos dias.

Marcio Boscaro Filho, advogado que viajou de São Paulo, sofreu com imprevistos antes da chegada ao local da estreia do Verdão no torneio da Fifa. A viagem programada antecipadamente sofreu com acréscimos de viagens de táxi, procura por novos exames PCR e desencontro de informações.

– Não fiz o teste na entrada (em Dubai) e não ganhei meu número de identidade, então não validei o aplicativo do governo. Descobrimos por alguns amigos palmeirenses que nosso teste no Brasil, apesar de ter sido feito há 48 horas, não funcionava aqui.

Em Abu Dhabi, há a necessidade da utilização do aplicativo Alhosn, que reúne as informações sobre vacinas e prazo dos testes PCR obrigatórios que devem ser realizados durante a estadia na cidade. É por meio desse passaporte que as pessoas são liberadas para entrarem em shoppings, estádios e outros estabelecimentos. Até na estrada ele é solicitado.

Ônibus não aceitam pessoas sem a validação do aplicativo, da mesma forma que motoristas de táxi ou de aplicativo de transporte são impedidos de entrar em Abu Dhabi sem um exame de PCR válido.

– Eu achava que era o caminho do Palmeiras na Libertadores (o mais difícil até o Mundial), mas depois que vim para cá descobri que as coisas não são fáceis (risos) – disse Marcio.

– O palmeirense está animado para o Mundial. Acho que vai vir bastante gente. No aeroporto, no voo, falando com as pessoas temos essa expectativa. O time está bem mais experiente do que no ano passado. Espero que tenham aprendido. Se eu pudesse escolher, escolheria o Rony (como candidato a herói). Mas acho que quem vai jogar muita bola é o Dudu.

Há relatos também de erros no preenchimento dos dados na coleta dos exames PCR. Uma informação equivocada, como número de telefone, nacionalidade ou data de nascimento, pode atrasar a validação do aplicativo.

– O pessoal tem que se preparar, ler muita coisa. As companhias aéreas tem uma ou outra informação que vai te levar para outra informação. Tem que ir atrás, e vai criando uma rede de informações. E nunca deixe para depois. Os prazos são apertados, as coisas têm verificação para ser feita. Tentem se aproximar de pessoas que falem o idioma ou o inglês. Você vai precisar no aeroporto – declarou Marcelo Groba, que acompanha o grupo palmeirense em Abu Dhabi.

Fernando Yamashita e Danilo Feijo estão nos Emirados Árabes Unidos desde a semana passada. Os dois moram em Gold Coast aguardam a chegada de mais palmeirenses vindos da Austrália. A viagem, porém, foi atrasada pelos mesmos motivos da burocracia local.

Carlos Lima veio de Londres, na Inglaterra, e também aguarda a chegada de mais amigos torcedores do Verdão vindos da Europa. A expectativa é que o Palmeiras supere com certa folga a marca dos 2.300 mil ingressos destinados ao clube.

– Metade ainda está em Dubai aguardando esse PCR, uma parte chegou e outra chega na terça-feira. Mas meu último jogo foi em 2019 e não paro de pensar no jogo. Eu vivi minha infância e adolescência no Parque Antarctica... Difícil explicar – afirmou Danilo.

– Acho que vai ser o Wesley (o herói do Palmeiras). Gosto muito do futebol dele, habilidoso. Vai decidir esse jogo – falou Carlos.

Globo Esporte

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