(Foto: AFP) |
De vilão a herói. O atacante senegalês Sadio Mané foi o personagem principal na dramática conquista do Senegal da inédita Copa Africana de Nações. No tempo normal, ele desperdiçou a cobrança de pênalti que poderia dar o título ao Senegal, mas conseguiu se redimir na última cobrança. Mané foi o autor do quatro gol da vitória, nos pênaltis, diante do Egito, por 4 a 2, no estádio Olembe, em Yaoundé, Camarões. No tempo normal e na prorrogação, os times empataram sem gols.
Senegal conquistou, pela primeira vez, o título com uma campanha invicta. O time venceu cinco partidas, sendo a final nos pênaltis, e empatou duas. Já o Egito chegou na final sem o mesmo brilho. Maior vencedor da história da competição, o Egito quase ganhou o troféu sem vencer nenhuma partida no tempo normal no mata-mata _foi para a prorrogação nas quatro partidas eliminatórias e precisou de pênaltis para vencer a Costa do Marfim nas oitavas de final e Camarões nas semifinais.
Além do gol do título marcado por Mané, que também foi eleito o melhor jogador da competição, o Senegal contou com uma bela atuação do goleiro Mendy, do Chelsea. Eleito o melhor do mundo pela Fifa no ano passado, ele defendeu duas cobranças de pênaltis e parou o ataque do Egito no tempo normal e na prorrogação. O jogador do Chelsea ficou também com o troféu do melhor goleiro do torneio.
A final deste domingo também serviu como prévia do duelo de março, quando as duas seleções vão decidir uma vaga na Copa do Mundo do Catar de 2022. Os confrontos serão em jogos de ida e volta.
Em 2019, o time de Sadio Mané chegou perto do título, mas foi superado na final pela Argélia. A conquista do torneio também coloca em evidência o trabalho do ex-jogador Aliou Cissé, que comanda Senegal desde 2015. Expulso na semifinal, o técnico português Carlos Queiroz, do Egito, assistiu a decisão da tribuna do estádio.
Salah x Mané na decisão
Além da vitória do Egito, a decisão foi marcada pelo duelo particular entre o egípcio Mohammed Salah e o senegalês Sadio Mané. Os dois são companheiros no ataque do Liverpool.
Até a decisão, Mané tinha sido mais decisivo na competição. Ele marcou três gols e deu duas assistências na campanha. Considerando que Senegal marcou nove vezes na Copa Africana, Mané participou de mais da metade dos gols da seleção.
Na decisão, ele protagonizou o primeiro drama. Logo aos sete minutos, Mané desperdiçou uma cobrança de pênalti defendida por Gabaski, que foi eleito o melhor jogador da partida pela série de defesas que garantiu o empate no tempo normal. Apesar do gol perdido, Senegal continuou melhor, mas não conseguiu abrir o placar.
Com o passar do tempo, o Egito conseguiu equilibrar e Salah começou a aparecer na decisão. Ele fez duas belas jogadas que só pararam nas defesas do goleiro Mendy.
Antes da decisão, Salah foi mais discreto na Copa Africana de Nações. Ele fez dois gols e deu uma assistência. Apesar dos números menos imponentes que o do seu companheiro de Liverpool, o egípcio foi decisivo no duelo das quartas de final, quando os Faróis eliminaram o Marrocos por 2 a 1 - com gol e assistência de seu melhor jogador. Os Faraós marcaram apenas quatro vezes na Copa Africana - em três delas, Salah participou.
No segundo tempo, as duas defesas se destacaram e conseguiram segurar o empate. O Senegal desperdiçou uma série de oportunidades levando o Egito para a quarta prorrogação no torneio.
Sem nunca ter vencido o torneio, os senegaleses buscaram mais o jogo na prorrogação. A decisão ficava cada vez mais dramática e os jogadores cansados em campo. Com os dois goleiros fazendo belas defesas, a decisão foi para os pênaltis.
Nas cobranças, Mendy levou a melhor. Ele defendeu duas cobranças. E, no final, Mané fez o gol do título.
Globo Esporte
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