(Foto: Wander Roberto /ANOC) |
As Olimpíadas de Pequim serviram para provar que o Brasil segue galgando espaços dentro do universo dos esportes de inverno. Terminados os Jogos de 2022, o país deixa a China com dois resultados inéditos, ambos no gelo. No bobsled masculino, o quarteto formado por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna e Rafael Souza terminou em 20º, melhor colocação do país na modalidade. Já no skeleton, Nicole Silveira fez a estreia olímpica do Brasil no evento, chegando à final e ficando em 13º.
A colocação de Nicole, inclusive, foi o melhor resultado do Brasil em provas de gelo das Olimpíadas de Inverno. Foi também o segundo melhor desempenho brasileiro em toda história dos Jogos, perdendo apenas para o nono lugar de Isabel Clark no snowboard (disputado na neve), em Turim 2006.
Chefe da missão do Brasil nos Jogos de Pequim 2022, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Neve (CBDN), Anders Petterson, considerou positiva a participação brasileira no evento.
- Tivemos esse resultado fantástico do bobsled four-man hoje. Estou feliz não só com esse, mas como todos os resultados do Brasil nessa Olimpíada. Superamos a nossa expectativa, quebramos recordes e fizemos 14 largadas. Isso nunca tinha acontecido. O recorde anterior era de 13. Comparando com a última Olimpíada, dobramos de sete largadas para 14 - lembrou.
O dirigente também ressaltou a renovação da delegação brasileira, que, em Pequim, foi representada pelos jovens Manex Silva, Duda Ribeira e Sabrina Cass, todos com menos de 20 anos. Manex, inclusive, foi lembrado por Anders por ter se tornado o primeiro brasileiro a disputar quatro provas numa mesma edição das Olimpíadas de Inverno.
- Essa renovação é muito positiva e muito promissora para o futuro do esporte brasileiro. A equipe médica brasileira também fez um trabalho fantástico, pois tivemos dois atletas que testaram positivo no desembarque na China e os dois participaram da Olimpíada, sendo que o Michel Macedo perdeu a prova do slalom gigante. Tivemos também o Manex, que fez um trabalho espetacular, disputando quatro provas, algo inédito. Foi tudo maravilhoso - ressaltou Anders.
Terminados os Jogos de Pequim, o Brasil agora volta as suas atenções para a mudança de bastão dentre os principais atletas brasileiros. Com a aposentadoria de Edson Bindilatti e a indefinição do futuro de Jaqueline Mourão - ela tem 46 anos e deixou aberta a possibilidade de disputar Milão-Cortina 2026 -, o país deve respirar novos ares ao longo do próximo ciclo.
- Nosso futuro é muito promissor. Esses atletas que competiram agora estarão mais fortes daqui a quatro anos. Enfim, essa mescla está sendo muito boa para o esporte brasileiro e vamos com tudo para Milão-Cortina para termos um desempenho ainda melhor - finalizou o chefe da missão brasileira.
Globo Esporte
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