(Foto: Vitor Silva/Botafogo) |
O Botafogo venceu mais uma parte da burocracia para receber o aporte milionário de John Textor. O clube assinou o contrato de mútuo com o investidor, um empréstimo que servirá para depositar os primeiros R$ 50 milhões dos R$ 400 milhões prometidos pelo americano. A informação foi publicada primeiro pelo jornal “Lance!”.
O anúncio do acordo será anunciado ainda nesta quinta-feira. O pagamento estava previsto para a última semana, mas a negociação entre as partes atrasou a assinatura. O ge apurou que clube e investidor debateram garantias para os dois lados em caso de imprevisto na compra da Sociedade Anônima do Futebol. O movimento era visto mais como formalidade do que com receio, mas ambos os lados trataram o empréstimo como algo separado do contrato da SAF.
Como principal entrave, já superado, estavam garantias para Textor caso a venda da SAF não saísse. Como o Botafogo pagaria o empréstimo? A alternativa foi atrelar partes de direitos econômicos de jogadores. Isso, no entanto, só passa a valer caso o repasse do clube-empresa dê errado, o que não é cogitado por ambos os lados. A partir daí, passa a valer o que está no contrato da SAF: 10% da nova empresa como garantia para o mútuo.
Desde que os sócios do clube aprovaram a venda da Sociedade Anônima do Futebol, começou a expectativa pelo depósito dos primeiros R$ 50 milhões prometidos pelo empresário americano, em um aporte total de, no mínimo, R$ 400 milhões. O pagamento era esperado na última semana, só que a papelada ainda não estava 100% pronta.
Botafogo e Textor negociavam as condições há tempos, e a conversa destravou nessa semana. Após um desacordo inicial sobre garantias, que foi superado, o anúncio será feito nesta quinta-feira. O que dará início ao impacto financeiro prometido pelo investidor. A negociação nunca foi vista com receio, e sim como formalidade. De todo modo, nenhum dos lados quer assinar sem as precauções exigidas.
Esse foi o entrave que limitou os movimentos do clube. Entre eles, o mais visado pela torcida: a busca por reforços. Com a assinatura do mútuo, virá o sinal verde no mercado. O dinheiro não será usado apenas para contratações, longe disso, mas inicia formalmente a era Textor e dá a folga que o Botafogo já calculou para ir às compras.
Enquanto o acordo não era assinado, as negociações andavam em velocidade mais lenta do que poderiam. O clube projeta quanto dinheiro terá, onde será aplicado e quanto pode oferecer para os possíveis reforços. Mas, o respeito ao orçamento impedia que acordos saíssem do papel enquanto a burocracia não chegava ao fim.
São os casos de negociações reveladas nos últimos tempos, como as conversas com o atacante Elkeson, o volante Rafael Carioca e o meia Óscar Romero. O clube também tem na mira contratações para laterais, zaga e pontas.
Além dos R$ 50 milhões, o Bota espera receber outros R$ 100 milhões de Textor até o início de março. É referente à segunda parcela, prevista para a assinatura do contrato definitivo de venda da SAF. O acordo com o americano também envolve parceria na dívida bilionária que o clube acumulou com credores e poder público.
Cronograma de investimentos
R$ 50 milhões como empréstimo ao clube
R$ 100 milhões à vista (na data de assinatura dos documentos)
R$ 100 milhões em até 12 meses
R$ 100 milhões em até 24 meses
R$ 50 milhões em até 36 meses
Globo Esporte
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