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O empresário americano John Textor é o investidor que está negociando a compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo. O americano está montando um portfólio de clubes ao redor do mundo. Em agosto, ele comprou 18% das ações do Crystal Palace – da Premier League inglesa.
Ele tentou negociar também a compra da SAD (Sociedade Anônima de Desportos) do Benfica, mas o negócio acabou não saindo. Textor está perto de adquirir participação no RWD Molenbeek, da segunda divisão belga.
Textor é um empresário americano com negócios ligados à mídia. Foi executivo da Digital Domain, empresa de efeitos especiais que trabalhou em diversos filmes. Ele comprou a participação no Crystal Palace em agosto por 103 milhões de euros. Sua oferta de 50 milhões de euros por 25% do Benfica acabou não prosperando.
O empresário começou sua carreira como programador. Depois da Digital Domain, ele fundou e foi executivo principal da fuboTV, empresa de streaming baseada nos EUA com foco em distribuição esportiva e entretenimento em geral. O IPO (lançamento de ações) da fuboTV na Bolsa de Nova York gerou uma avaliação de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) em outubro de 2020.
A revista Forbes classificou Textor em 2016 como “guru da realidade virtual de Hollywood”. Ele é conhecido por defender o casamento da mídia com tecnologia.
Na negociação, o americano deve fazer um empréstimo-ponte para viabilizar a operação do Botafogo no primeiro semestre de 2022. A expectativa dos executivos que tocam a negociação é que o processo de compra possa ser concluído até metade de janeiro.
No Seleção sportv desta sexta-feira, André Rizek explicou que a diretoria alvinegra faz questão de um aporte maior do que os R$ 400 milhões que serão investidos por Ronaldo no Cruzeiro. Como o ge publicou na quinta-feira, a primeira proposta de Textor chegou na segunda-feira à XP, empresa contratada pela diretoria alvinegra para buscar investidores. O Botafogo enviará uma contraproposta na casa de R$ 410 milhões, que deve ser aceita pelo grupo interessado.
- O valor de investimento, de aporte inicial, era de R$ 350 milhões (na proposta apresentada). Embora os R$ 50 milhões não façam diferença para ele como empresário nem para o tamanho da dívida do Botafogo, o clube, meio por uma questão de vaidade, falou o seguinte: "Eu preciso que seja um valor superior ao do Cruzeiro, para eu não ficar mal com a torcida". Pode ser que feche em R$ 405 ou 410 milhões. Para quem trabalha com euros, essa diferença é muito pequena, não é isso que vai emperrar o negócio - afirmou Rizek.
Ao longo do Seleção sportv, o apresentador contou que os donos dos principais clubes do futebol europeu foram procurados ao longo do processo de venda do Botafogo, mas não desejam investir no futebol brasileiro no momento.
- O primeiro pedido do Botafogo à XP era: "Eu quero um grupo que já tenha história no futebol". E deu como exemplo o Grupo City, era o sonho de consumo do Botafogo, ser comprado pelo Grupo City (...). Mas o Grupo City não tem interesse em investir no futebol brasileiro. Foi consultado pela XP, assim como os donos do PSG, os donos do Liverpool, Manchester United. Os principais donos de clubes europeus foram consultados e eles não têm interesse de investir no Brasil.
Globo Esporte
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