De virada, Brasil bate o Japão e se classifica para segunda fase do Mundial feminino de Handebol

(Foto: Reprodução)


O Brasil deu um susto, mas conseguiu a virada em cima do Japão e se classificou para a próxima fase do Mundial de Handebol Feminino, que está sendo disputado em Castellón, na Espanha. A seleção fez um primeiro tempo abaixo do que pode render, mas virou no segundo para chegar à segunda vitória em dois jogos no torneio. Depois de bater a Croácia na estreia por 30 a 25, agora derrotou as japonesas por 29 a 25.

No Mundial, três seleções de cada grupo avançam em cada chave à próxima fase. O triunfo, então, garantiu a classificação brasileira. A seleção volta à quadra nesta segunda, contra o Paraguai, às 14h. O time paraguaio perdeu seus outros dois jogos e tem um saldo negativo de menos 45. Se vencer, a equipe do técnico Cristiano Rocha será a primeira da chave G, o que é importante para o sorteio da próxima fase.

- Este foi um jogo muito importante como teste desse novo grupo em vários aspectos. A equipe demonstrou muita capacidade de superar momentos de adversidade. O Japão exigiu muito da gente. Precisávamos de uma defesa concentrada todo o momento porque elas rodam a bola muito rapidamente. E conseguimos isso no segundo tempo. Melhoramos a defesa e aumentamos a confiança para atacar com mais equilíbrio. Muito importante passar por momento de dificuldade e seguir tentando fazer o melhor possível. Isso foi visto hoje. Elas demonstraram, juntas, muita garra e poder de superação. Isso é extremamente importante para a continuidade do Mundial - disse o treinador ao fim do jogo.

Duda Amorim, Dani Piedade e Fabiana Diniz, que se aposentaram da seleção, estavam na arquibancada acompanhando a vitória de suas ex-colegas e foram homenageadas pela Confederação Brasileira.

Virada na garra

Ao contrário do jogo contra a Croácia, o Brasil começou com um aproveitamento muito baixo no ataque. Com apenas 50% de eficiência no primeiro tempo, a seleção não parecia a mesma da estreia. Principalmente, nos contra-ataques rápidos, onde apenas 40% das tentativas foram válidas. E foi exatamente nesse quesito que as japonesas venceram o primeiro tempo. Elas converteram todas as chances que tiveram.

O Japão abriu o placar, mas logo o Brasil virou. Porém, o time asiático foi sendo mais efetivo no ataque e abriu 9 a 6. Comandada por Ana Paula, a seleção voltou a apertar o jogo. Mas, mais uma vez, faltou precisão nos ataques e o Japão venceu o primeiro tempo por 15 a 12.

A felicidade japonesa durou pouco. O Brasil voltou para o segundo tempo mais organizado em quadra e com a pontaria recalibrada. Foram necessários poucos minutos para que virasse para 17 a 16. Embalada e vibrando muito, a seleção começou a atropelar as japonesas. Aos 21 do segundo tempo, Ana Paula colocou o Brasil com cinco de vantagem ao fazer 27 a 22.

As japonesas tentaram uma reação, mas já era impossível. Vibrando muito a cada bola salva e a cada gol marcado, as brasileiras neutralizaram o jogo rival e fecharam a partida em 29 a 25 para assumir a liderança da chave. Algumas jogadoras asiáticas choraram ao fim do duelo.

Globo Esporte

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