Hamilton nega "fúria" com equipe após chamado para os boxes na Turquia

(Foto: Dan Mullan/Getty Images)


Lewis Hamilton não gostou de ser chamado para os boxes com oito voltas para o final do GP da Turquia, neste domingo, quando era o terceiro colocado após ter partido em 11º. Disposto a ir até o final com os pneus da largada, o britânico reclamou com equipe pelo rádio ao saber que tinha saído do pit stop no quinto lugar. Contudo, o atual campeão minimizou o episódio que ele alega ter ganhado uma proporção bem maior do que deveria.

"Bom dia, mundo. Eu vi algumas das notícias hoje e acho que exageraram a respeito do que aconteceu ontem em relação ao pit stop. Não é correto dizer que fiquei furioso com minha equipe.

Enquanto time, trabalhamos duro para montar as melhores estratégias possíveis, mas conforme a corrida avança, você precisa tomar decisões rápidas com diversos fatores em constante mudança.

Ontem nós decidimos ficar o máximo possível na pista com a esperança de que fosse secar (e só aí parar por pneus slick), mas não secou. Eu queria arriscar para irmos até o fim, mas foi minha decisão de ficar na pista até aquele momento, só que não funcionou. No fim, foi decidido pela minha parada, a decisão mais segura.

Vivendo e aprendendo. Ganhamos e perdemos como um time. Nunca esperem que eu seja calmo e educado no rádio durante uma corrida. Somos todos muito apaixonados e, no calor do momento, essa paixão pode extravasar, como acontece com todos os pilotos.

Meu coração e minha alma estão na pista. Foi essa paixão que me trouxe até aqui. E toda e qualquer irritação é rapidamente deixada de lado quando conversamos. Já estou de olho na próxima corrida. Hoje é mais um dia para renascer como equipe"

O que aconteceu, na realidade, foi que ao ser chamado para o pit faltando oito voltas para o fim, ou seja, uma estratégia no meio do caminho, o britânico não teve chances de segurar a terceira posição na pista, com pneus mais desgastados, nem de voltar após a parada com tempo de ultrapassar seus rivais.

O resultado deu dez pontos na tabela, contra 18 do seu rival Max Verstappen, que foi segundo colocado. Assim, o holandês está com seis de vantagem na tabela, faltando seis corridas para o fim.

O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolf, parecia conformado com a quinta posição de Hamilton. Para ele, mesmo que a estratégia não tenha sido a mais correta, as probabilidades de acerto eram maiores com o caminho que foi seguido pelo time:

- A estratégia mais conservadora, trocando logo no início atrás de Perez e Leclerc e tentando ultrapassar provavelmente seria melhor, mas a probabilidade que a gente tinha, não era a coisa certa a fazer - disse Toto Wolf, chefe da Mercedes.

A próxima corrida será no dia 24 de outubro, o GP dos Estados Unidos, abrindo o tour da Fórmula 1 pelas Américas, já que na sequência será realizada a corrida no México (7 de novembro) e Brasil (14 de novembro).

Globo Esporte

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