Comissão de Ética do São Paulo arquiva representação contra conselheiros denunciados pelo MP

(Foto: Reprodução)


A Comissão de Ética do Conselho Deliberativo do São Paulo arquivou uma representação que pedia abertura de procedimento disciplinar e suspensão liminar dos conselheiros Leonardo Serafim e Douglas Schwartzmann.

O pedido foi feito após o Ministério Público paulista denunciá-los por supostos crimes cometidos durante a gestão de Carlos Miguel Aidar no São Paulo.

Segundo o UOL, que publicou a informação, confirmada pelo ge, o presidente da comissão de ética, Antonio Maria Patiño Zorz, afirmou que não cabe ao órgão investigar e indicou que é preciso esperar o fim do processo – que está sob sigilo – na Justiça. A decisão não impede que o caso seja analisado novamente no futuro.

Douglas Schwartzmann, que ocupava o cargo de secretário-geral do clube e pediu afastamento após a denúncia, e Leonardo Serafim, que já foi diretor jurídico e ainda mantém influência na direção atual, negam fraudes.

A investigação do Ministério Público cita três episódios de supostos crimes no clube: a contratação do zagueiro Iago Maidana e o repasse de comissões supostamente ilegais nos contratos com a Under Armour e com o escritório de advocacia de José Roberto Cortez.

De acordo com a denúncia, o ex-presidente do São Paulo teria lesado os cofres do clube por irregularidades na transferência de Iago Maidana.

Aidar ainda teria causado prejuízo patrimonial ao São Paulo pelas negociações de contrato de patrocínio com a Under Armour e com o escritório de José Roberto Cortez. Nos dois casos, são investigados repasses de comissões para Aidar e Cinira Maturana, namorada do presidente.

Serafim foi denunciado por furto qualificado, já que teria participado de crime patrimonial e lavagem de capitais enquanto diretor jurídico da gestão Aidar. O documento diz que ele teria recebido R$ 70 mil de comissões.

Já Schwartzmann, com suspeita de irregularidades como diretor de marketing são-paulino, também teria participado em uma operação de lavagem de capital de R$ 100 mil, de acordo com o documento. A investigação sobre esse caso ainda segue, embora o MP considere ter alcançado “parte significante, sendo o que basta para imputação.”

Globo Esporte

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