Natação brasileira fecha atuação de gala nas Paralimpíadas com recorde de pódios e novos astros

(Foto: Ale Cabral / CPB)


O Brasil teve a medalha de bronze de Wendell Belarmino como saideira do último dia de provas na natação no Centro Aquático das Paralimpíadas de Tóquio e consolidou ao fim de sua participação a melhor campanha da história pelo total de conquistas.

Os nadadores do país somaram 23 medalhas, das quais oito de ouro, cinco de prata e dez de bronze. No total, superaram as 19 medalhas da Rio 2016 e de Pequim 2008 e as 14 de Londres 2012, embora na edição britânica tenham conseguido mais ouros (9).

O evento na capital japonesa também marcou a aposentadoria do maior atleta paralímpico do país em todos os tempos, Daniel Dias, que se despediu com três medalhas de bronze para ostentar 27 pódios em sua carreira - dos quais 14 dourados. Ele será porta-bandeira na cerimônia de encerramento.

Daniel só não pôde aumentar ainda mais sua galeria por causa da reclassificação geral promovida pelo IPC (sigla em inglês para "Comitê Paralímpico Internacional") em 2019, e que remanejou diversos nadadores menos comprometidos fisicamente da classe S6 para a dele, a S5.

Mas o adeus de seu maior astro propiciou, também, o surgimento de outros nomes que vão carregar o Brasil nos próximos Campeonatos Mundiais e Paralimpíadas.

Entre os quais o mineiro Gabriel Araújo, de apenas 19 anos, o dançarino da classe S2 que conquistou dois ouros e uma prata em suas provas e disseminou carisma em Tóquio...

...ou seu xará paulista Gabriel Bandeira, que entrou no movimento paralímpico há menos de dois anos para trazer um ouro, duas pratas e um bronze no Japão. E isso com apenas 21 anos...

...e ainda viu despontar uma estrela vinda como um cometa de Pernambuco: a velocista Maria Carolina Santiago, a Carol, que faturou três ouros e quebrou um tabu de 17 anos sem mulheres do país campeãs na natação em Paralimpíadas - além disso, também colheu uma prata e um bronze.

Outros jovens de grande potencial também apareceram ou se firmaram, como Cecilia Araújo, Talisson Glock, Beatriz Carneiro e Mariana Ribeiro. O caminho está muito bem pavimentado para as Paralimpíadas de Paris, que começarão dentro de três anos.

Globo Esporte

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