(Foto: Mubadala Silicon Valley / Divulgação) |
A paulistana Luisa Stefani - número 13 do mundo - e a canadense Gabriela Dabrowski venceram o prêmio de melhor jogada do mês de agosto da WTA, a Associação das Tenistas Profissionais. O lance foi na semifinal do WTA 500 de San Jose, na Califórnia (EUA), diante da australiana Ellen Perez e da tcheca Kveta Peschke.
O mês de agosto foi especial para Luisa, com seu maior título no WTA 1000 de Montreal, no Canadá, vice no WTA 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, vice em San Jose e, pouco antes, havia conquistado a inédita medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, ao lado de Laura Pigossi.
Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10, segue seu tratamento no joelho direito e fará nos próximos dez dias uma cirurgia para reparar o ligamento cruzado anterior, o LCA. Ainda não há tempo estipulado para o retorno da tenista.
Resultados em 2021: (59 jogos - 40 vitórias)
- semifinalista : US Open (Grand Slam) - com Gabriela Dabrowski
- vice-campeã : WTA 1000 Cincinnati - com Gabriela Dabrowski
- campeã : WTA 1000 Montreal - com Gabriela Dabrowski
- vice-campeã : WTA 500 San Jose (EUA) - com Gabriela Dabrowski
- Medalha de bronze : Jogos de Tóquio - com Laura Pigossi
- vice-campeã : WTA 1000 de Miami - com Hayley Carter
- vice-campeã : WTA 500 de Adelaide - com Hayley Carter
- vice-campeã : WTA 500 de Abu Dhabi - com Hayley Carter
Fazendo história na carreira
Luisa, de 24 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10a. posição do ranking mundial juvenil.
Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.
Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho ganhou mais duas posições - 23º lugar. Continuou subindo no ranking e com o vice-campeonato em Cincinnati subiu para 17ª do mundo. Agora, com a semifinal do US Open será a 13ª do ranking.
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