Brasil bate a Argentina e fatura o penta no futebol de 5 nas Paralimpíadas

(Foto: Ale Cabral/CPB)


É penta! Pela quinta vez em cinco edições da modalidade nas Paralimpíadas o Brasil conquistou a medalha de ouro no futebol de 5 (para atletas cegos). E justamente sobre o maior rival, a Argentina. Com um golaço de Nonato no segundo tempo, a seleção fez 1 a 0 e levou o título na arena Aomi, em Tóquio, sem ser vazada e se manteve intocável no megaevento. A façanha deu ao país seu 22º ouro geral no Japão, superando por um o recorde que havia sido estabelecido em Londres 2012 (21).

O Brasil jamais perdeu uma partida em cinco campanhas paralímpicas que lhe renderam cinco medalhas de ouro.

O futebol de 5 estreou nas Paralimpíadas em Atenas 2004 e sempre viu o Brasil no topo do pódio. Na Grécia, a vitória foi sobre a Argentina nos pênaltis. Em Pequim 2008, o título veio sobre a China, por 2 a 1.

O tri foi garantido em Londres 2012 com um triunfo sobre a França por 2 a 0. Na Rio 2016, o oponente da decisão foi o Irã, devidamente batido na final por 1 a 0.

Na disputa da medalha de bronze em Tóquio, o Marrocos – que havia caído diante do Brasil na semifinal - ganhou a China por 4 a 0 e assegurou lugar no pódio na capital japonesa.

O jogo

A primeira grande chance de gol surgiu com pouco mais de um minuto de jogo. Após sofrer falta, o argentino Espinillo a cobrou com força e exigiu uma ótima defesa do goleiro brasileiro Luan. Um minuto mais tarde, os argentinos deram outra finalização, com Deldo, novamente parada por Luan.

O Brasil começou a reagir quando, com quatro minutos jogados, Paraná driblou três adversários e saiu na cara gol. Ele conseguiu chutar, mas um pouco mascado, mas o tiro cruzado pegou na trave e voltou nas mãos de Lencina.

A essa altura do primeiro tempo, com quase dez minutos decorridos, a seleção parecia se sentir mais à vontade depois de um início nervoso.

Apesar disso, o gol não saiu. Os técnicos começaram a promover substituições para rodar os elencos e manter o nível intenso, mas isso não se traduziu em chances reais e o primeiro tempo acabou 0 a 0.

Na volta do intervalo, quem deu as caras foi outro personagem influente em partidas de futebol de 5: a chuva. Não tão forte quanto a da semifinal contra o Marrocos, mas suficiente para mudar a dinâmica em relação ao primeiro tempo.

Os argentinos retornaram um pouco mais recuados e com marcação forte em cima de Ricardinho, principal jogador brasileiro.

Globo Esporte

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