(Foto: Tullio Puglia/FIFA) |
Depois de 20 anos, a camisa 12 do Brasil tem um novo dono. Eternizado pelo craque Falcão, considerado o maior jogador de futsal de todos os tempos, o número pertence agora a um mineiro muito conhecido na Europa. Natural de Uberlândia, Arthur Guilherme, ou simplesmente Arthur, tem a honra de usar a camisa mais importante do futsal mundial. Um misto de alegria e responsabilidade para um jogador de 27 anos.
- É uma sensação inexplicável, sei da história e da grandeza que essa camisa tem dentro da seleção, então quando soube que ia jogar com a 12 do nosso ídolo foi grande demais a emoção - disse Arthur.
O jogador vem usando a 12 da seleção brasileira desde as Eliminatórias para a Copa do Mundo, no início de 2020. A escolha do número partiu da própria comissão técnica, que viu qualidade para tal no atleta do Benfica, de Portugal.
- Nas Eliminatórias eu já tive a oportunidade de jogar com a camisa 12 , mas aqui no Mundial não sabia se iria ter mais essa oportunidade. A escolha dos números é da comissão técnica, então quando soube que iria usar a camisa 12 outra vez fiquei muito feliz - revelou o mineiro.
Cria das divisões de base do Praia Clube, Arthur despontou com a camisa do Corinthians, clube pelo qual foi campeão da Liga Nacional de Futsal em 2016. Valorizado com a conquista, o ala transferiu-se para o Sorocaba onde atuou pelos dois anos seguintes, até ser contratado pelo Barcelona em 2018.
Do clube catalão, o mineiro foi para o Benfica em 2020, tornando-se um dos principais jogadores da equipe portuguesa. Convocado para o Mundial da Lituânia, ele jogou duas das três partidas da primeira fase e marcou um gol, no último domingo, na vitória por 5 a 1 sobre o Panamá.
- Estou me sentindo muito bem e feliz na seleção, e não sinto dificuldade, tanto que trabalho diariamente para conquistar o meu espaço. Respeito muito meus companheiros e sempre tento ajudá-los da melhor maneira. Agora vamos em busca da classificação à próxima fase - disse Arthur.
Jogador tem análise pessoal de desempenho
Visando evoluir cada vez mais na carreira, Arthur contratou uma empresa que realiza um serviço de análise de desempenho individual para atletas. Segundo o próprio ala, a parceria com a consultoria Outlier ajudou-o a corrigir e potencializar alguns detalhes dentro de quadra até então imperceptíveis.
- Nós começamos o trabalho em setembro ou outubro de 2019. Eu estava fazendo um mestrado em Barcelona e o Arthur jogando pelo Barcelona. Nos conhecemos desde as categorias de base de futsal. Ele jogava no Praia e eu no Minas e jogamos juntos na seleção sub17. No Barcelona, apresentei o projeto para ele e comecei a executar o trabalho - disse Diego Vieira, da Outlier .
O profissional explicou também que o trabalho é direcionado e modificado para cada estágio da carreira do jogador.
- Fazemos um trabalho para ele abrir a mente a novas informações. Com a ida para o Benfica, veio um trabalho de entender o pensamento do novo treinador e o comportamento da equipe. Aí demos sequência ao trabalho para a seleção, de como gosta de jogar o Marquinhos Xavier e o seu auxiliar Paulinho Cardoso. Reunimos informações sobre o Mundial também, que é um campeonato de tiro curto. Queremos que o Arthur desfrute da competição para ganha-la no fim - concluiu Diego.
Classificado como líder do grupo D, o Brasil volta a jogar pelo Mundial de Futsal da Lituânia na quinta-feira, já pelas oitavas de final. O adversário é o Japão, às 14h.
Globo Esporte
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