Argelino é banido por 10 anos do judô por ter recusado luta com israelense nas Olimpíadas

(Foto: Reprodução)


A Federação Internacional de Judô (IJF) anunciou na última semana que o judoca argelino Fethi Nourine e seu treinador, Amar Benikhlef, foram banidos por 10 anos. Nourine abriu mão de sua participação nas Olimpíadas de Tóquio depois de o sorteio indicar um possível confronto contra o israelense Tohar Butbul, pela segunda fase da categoria até 73kg. O atleta de 30 anos já havia sido suspenso provisoriamente, e agora recebeu a punição que pode dar fim à sua carreira. O judoca e seu treinador ainda podem apelar ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

- Para a Comissão Disciplinar da IJF, é evidente que os dois judocas argelinos, com más intenções, usaram os Jogos Olímpicos como plataforma de protesto e promoção de propaganda política e religiosa, o que é uma violação clara e grave dos Estatutos da IJF, do Código de Ética da IJF e da Carta Olímpica. Portanto, nenhuma outra penalidade além de uma suspensão severa pode ser imposta neste caso - afirmou em nota a IJF.

Durante os Jogos, Nourine afirmou à imprensa argelina que desistiu da luta de estreia com Mohamed Abdalrasool, do Sudão, em apoio à causa palestina, já que uma vitória o colocaria no caminho de Butbul. Abdalrasool também não lutou com o israelense alegando uma lesão.

Esta não é a primeira vez que Nourine abre mão de uma competição para evitar o confronto com Tohar Butbul. Em 2019, ele optou por deixar o Campeonato Mundial de Judô ao tomar conhecimento de um embate contra o israelense.

Localizada no norte da África, a Argélia é um país árabe, onde o governo não reconhece o estado de Israel, assim como outros países de maioria islâmica. Um caso semelhante aconteceu nas Olimpíadas do Rio 2016, quando o judoca egípcio Islam El Shehaby se recusou a cumprimentar o israelense Or Sasson após um combate.

Globo Esporte

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