Taekwondo brasileiro estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com grandes chances de medalhas

(Foto: Reprodução)

 

Equipe brasileira acumula títulos mundiais e promete surpreender em sua primeira participação Paralimpica Seleção Brasileira de Parataekwondo é a última modalidade a embarcar para terra do sol nascente. Eles irão embarcar no dia 23/agosto e chegarão dia 25/agosto a Tóquio. Antes do embarque, atletas e comissão técnica estarão concentrados no Centro Paralímpico Brasileiro, um dos maiores e mais conceituados da América Latina liderado por Misael Conrado. Todos os protocolos de segurança para a prevenção da Covid 19 foram adotados pelo comitê organizador dos jogos.

O Brasil será representado por três atletas: Nathan Torquato até 61 kg, Silvana Fernandes até 58 Kg e Debora Menezes acima de 58 kg. O Parataekwondo é o Taekwondo Paralímpico, e junto com o Parabadminton .irão estrear nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, em 2021.

 O Parataekwondo brasileiro atualmente é a maior potência da América, sendo também a quinta do mundo. Os resultados obtidos em 2019 consolidam a equipe. No Campeonato Mundial da Turquia, o Brasil trouxe para casa 2 medalhas, sendo uma de ouro e outra de bronze, ficando na 6ª posição. Nos Jogos Parapanamericanos com a conquista de 5 medalhas sendo 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze os atletas ocuparam o 1º lugar, no quadro geral de medalhas da modalidade. Em 2020, o Brasil conquistou 3 vagas para os Jogos Paralímpicos, sendo a maior delegação da América e a 4ª maior delegação do mundo classificada para os Jogos de Tóquio.

Para o precursor da modalidade no país e atual técnico da seleção brasileira, Alan Nascimento, o Brasil estreia sendo um dos países favoritos dos Jogos nesta modalidade. “Nós temos chances reais de 3 medalhas neste Jogos, estamos confiantes em 3 ouros, mas não podemos garantir a cor das medalhas, pois jogos são jogos, é aqui onde o pequeno fica grande e o grande fica pequeno. Nossos atletas estão extremamente preparados”.

Nascimento ainda disse, que por mais que a pandemia tenha atrapalhado o planejamento, para os jogos, os atletas estarão dedicados para entregar a sua melhor performance. “O Nathan compete dia 02/agosto. Porém seu grande adversário é o atleta da Mongolia Bolor-Erdene GANBAT que ele enfrentará na semifinal. Não será uma luta fácil, mas acredito que o Brasil levará a melhor. Já Silvana competirá dia 03/agosto e a sua adversaria mais difícil será a atleta chinesa Yujie LI, a número 2 do mundo. Silvana ainda não competiu com esta atleta, então, não sabemos como vai encaixar a luta. Porém, Silvana é dedicada e tem treinado com afinco. Este ano, ela enfrentou a atleta dinamarquesa Lisa GJESSING, número 1 do mundo, na final do campeonato Parapanamericanos e ganhou com placar de 14 x4. Uma semana depois no Ásia Open, ela enfrentou a atleta turca Gamze GURDAL número 3 do mundo. O resultado final foi 52 x 24 para o Brasil. Como ela só enfrentará a atleta chinesa em uma possível final, estamos extremamente confiantes que Silvana irá até a final. Débora Menezes encerrará a participação brasileira nesta edição e luta no dia 04/agosto. Sua grande luta será contra a número 1 do mundo, a inglesa Amy Truesdale”.

Apesar de ser uma modalidade estreante, o Parataekwondo brasileiro, vem se consolidando ao longo da sua recente história “Temos um trabalho incansável de estudo da modalidade, estudo dos adversários e na elaboração de estratégias para termos o melhor rendimento em quadra. Somos uma equipe, e apesar de todos os preconceitos e do pouco espaço dado aos atletas do paradesporto, o Brasil vai surpreender. Somos uma potência” finaliza Nascimento Além do técnico e dos atletas, o Brasil será representado também pela equipe multidisciplinar que é formada pela fisioterapeuta Elisa Pilarski e pelo coordenador esportivo Rodrigo Ferla.

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