(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press) |
Pressionada pelo Ministério Público do Trabalho, a CBF vai retirar o limite de idade e a exigência de estar cursando ou ter completado o ensino superior da lista de requisitos para árbitros do quadro nacional.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira em manifestação da entidade no inquérito do MPT, na qual é investigada por discriminação - o ge informou na última sexta que a resolução estava sendo preparada. A CBF prometeu que os requisitos não vão mais ser cobrados a partir da próxima temporada.
Nas regras para ingresso e permanência no quadro nacional divulgadas pela CBF na atual temporada, o limite de idade é de 55 anos. Para árbitros da categoria C/D, que atuam apenas nas Séries C e D do Brasileirão, o limite é de 45. Além disso, árbitros têm até os 38 anos para poder entrar no quadro.
- Estamos eufóricos pelo reconhecimento da própria CBF dos excessos que vinham cometendo ao longo dos anos e por ter abolido tais requisitos. Conseguimos de uma forma pacífica equiparar as relações. Hoje é dia de comemorar. A única coisa que falta é que a CBF, assim com envia ofício informativos para categoria, inclusive com esses requisitos da denúncia, tenha a mesma postura de comunicar federações e árbitros. Temos que dar publicidade a isso - comemorou Marçal Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Arbitragem Esportiva (Sintrace-RJ), que foi o autor da denúncia.
Com relação à proibição do uso de barba, outro objeto do inquérito do MPT, a CBF alegou que essa exigência não existe e usou como exemplos uma campanha feita em 2019 com a imagem de um árbitro com a barba por fazer e uma foto mais recente de um juiz em ação pelo Brasileiro - esse foi um dos temas da reportagem especial publicada pelo ge em abril. O Sintrace, no papel de denunciante na investigação, ainda vai se pronunciar.
Globo Esporte
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