(Foto: Reprodução) |
Por Nicholas Araujo
Tóquio, Japão
Chega a ser até redundante vir aqui e trazer um artigo de opinião sobre este assunto, mas o que vimos nos últimos dias nas Olimpíadas com alguns atletas passa a impressão de que o erro não pode existir. Este é o caso de Simone Biles, na ginástica artística, e Naomi Osaka, no tênis.
A americana, que foi um show na Rio 2016 em todas as provas que disputou na ginástica, passou despercebida por Tóquio. Era notório que Biles estava nervosa, pressionada e incomodada com todos os olhares. O nervosismo a colocou em uma situação complicada.
Do outro lado, Osaka chegou nos Jogos pressionada pelos últimos acontecimentos com ela no tênis. Uma atleta, vaiada por ganhar uma partida, chega a ser ridículo de como os torcedores não entendem o espírito do esporte. O resultado foi a queda precoce da japonesa em Tóquio, que já tinha se afastado do esporte para controlar sua ansiedade.
Um cenário parecido pode ocorrer, se é que podemos prever isso, com Rayssa Leal, do skate. Devemos levar em conta que todos que estão nas Olimpíadas se esforçaram muito para isso. A maior cobrança vem de dentro, do próprio atleta, de ser melhor do que os todos. Por isso, o torcedor precisa dosar as palavras.
Nenhum atleta precisa ser brilhante, chegar à perfeição e ser julgado por sua “soberba”. Ele está ali dando sua vida, seu sangue, e temos que aplaudir. Sem os aplausos, o esporte perde todo o seu sentido. Julgamos e apontamos muito, mas não fazemos melhor.
É lamentável.
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