Comissão de Ética conclui investigação sobre Rogério Caboclo e leva caso a julgamento

(Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO)


Foi concluída na semana passada a investigação da Comissão de Ética da CBF sobre Rogério Caboclo, que desde 6 de junho está afastado da presidência da entidade por causa de uma denúncia de assédio moral e sexual apresentada por uma funcionária.

O caso agora segue para a Câmara de Julgamento da Comissão de Ética, que antes de tomar uma decisão vai receber mais uma manifestação da defesa de Caboclo. O dirigente nega as acusações.

O ge revelou a existência da denúncia em 4 de junho. Dois dias depois, o dirigente foi afastado. Desde então, a Comissão de Ética colheu dezenas de depoimentos e documentos, além de ter recebido informações do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público do Rio de Janeiro, que apuram o mesmo caso.

As punições, segundo o Código de Ética da entidade, podem ser:

I) Advertência, reservada ou pública;

II) Multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

III) Prestação de trabalho comunitário;

IV) Demissão por justa causa;

V) Suspensão por até 10 anos;

VI) Proibição de acesso aos estádios por até 10 anos;

VII) Proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol por até 10 anos;

VIII) Banimento.

Qualquer decisão da Comissão de Ética precisa ser validada pela Assembleia Geral da entidade, formada por presidentes das 27 federações estaduais de futebol. A CBF convocou uma Assembleia Geral para a próxima terça-feira, dia 3 de agosto.

Na pauta, estão a oficialização da venda do avião que Caboclo havia comprado antes de ser afastado do cargo e a confirmação de Antonio Carlos Nunes como presidente até que situação de Caboclo seja resolvida.

O último item da pauta é justamente o julgamento de eventuais sanções da Comissão de Ética contra Rogério Caboclo. Caso não haja uma decisão para ser julgada pela Assembleia Geral até terça-feira, a CBF pode deixá-la aberta e então reunir os membros.

A convocação já estava publicada e sua pauta já estava definida quando saiu uma decisão judicial que considerou nula a eleição de Rogério Caboclo e nomeou os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, como interventores. Não se trata, portanto, de uma reação à decisão.

Globo Esporte

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