(Foto: André Durão) |
A Conmebol projeta que o gramado do estádio Nilton Santos estará em melhores condições para os jogos Venezuela x Equador, neste domingo, e Brasil x Colômbia, que ocorre na próxima quarta-feira, pela Copa América. Na última semana, o estado da grama foi criticado por duas das maiores estrelas da competição, Neymar e Messi, que jogaram no local.
Dois fatores explicam a projeção otimista dos organizadores: tempo e manutenção. O estádio foi entregue à Conmebol para a Copa América em 6 de junho, um dia após o Botafogo jogar com o Coritiba, pela Série B. Ao assumir, a entidade considerou que o gramado estava com baixa densidade. Logo foi feita a troca de placas em duas áreas, e semeadura com grama de inverno, cujo enraizamento adequado era estimado para acontecer em 14 dias.
No entanto, apenas 8 dias depois, Argentina e Chile fizeram seu jogo de estreia no Nilton Santos. Ou seja, não houve tempo suficiente para a adequação da grama. A partida acabou 1 a 1. Ao fim do jogo, Messi lamentou o resultado, e afirmou que "o gramado não ajudou muito". O técnico Lionel Scaloni foi mais assertivo:
– O estado é lamentável. Aos 10 minutos você não conseguia mais jogar. É mais para outro esporte do que para o futebol. O mesmo acontece em outros estádios da Copa. Um bom campo é essencial para jogar um bom futebol - considerou.
Apenas três dias adiante, mais uma partida. Desta vez, dos donos da casa. A seleção brasileira aplicou uma goleada por 4 a 0 sobre o Peru e foi a vez de o atacante Neymar fazer a crítica. Em um publicação em uma rede social, ele ironizou o estado da grama e pediu melhorias.
Os responsáveis pelos cuidados com o campo consideram que houve uma melhora do primeiro para o segundo jogo. Internamente, admitem que o estado ainda é frágil, o que explica a grama se soltando do piso durante os últimos jogos, mas consideram que o nivelamento e a densidade da grama já estão adequados. Além disso, o gramado continua a passar por manutenção e está sendo evitada a realização de aquecimento pré-jogo no campo para preservá-lo.
A situação do gramado é uma consequência negativa da chegada às pressas da Copa América no Brasil, que deu muito pouco tempo de preparação dos estádios. Somente, com a bola rolando, neste domingo, para Venezuela e Equador, será possível avaliar se houve uma evolução, de fato, no estado da grama.
Globo Esporte
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