(Foto: Mayorova Marina) |
O Brasil repetiu o pódio do Mundial do Japão, em 2019, e ficou com o bronze na competição por equipes mistas do Mundial de Judô de Budapeste, na Hungria, neste domingo. De virada, o time brasileiro derrotou a Rússia na briga pelo 3º lugar em uma disputa emocionante, definida com uma vitória de Ketelyn Nascimento, substituta da campeã olímpica Rafaela Silva (que está suspensa por doping). O país fechou com três pódios - além da equipe, dois bronzes na categoria pesado, com Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza.
O título do Mundial de equipes mistas está sendo disputado entre Japão e França.
- Entrei com muito nervosismo, mas saí muito feliz. É muito difícil decidir uma competição. Foi uma adversária que eu nunca havia enfrentado. Entramos com uma estratégia e eu consegui, felizmente, uma passagem de chão. Ela virou certinho, e consegui segurar até o fim. E dava para escutar o pessoal gritando "segura, segura!". Foi muita emoção, como sempre é uma competição por equipes - disse Ketelyn.
O caminho do bronze
O Brasil fez sua estreia contra o Cazaquistão. E a vitória foi suada, decidida apenas na luta desempate: 4 a 3. Eduardo Yudy, Maria Portela e Eduardo Katsuhiro perderam seus combates, enquanto Ketelyn Nascimento, David Moura e Maria Suelen venceram. A decisão ficou por conta da luta extra. E Maria Portela voltou ao tatame para encarar Moldir Narynova, para quem havia perdido pouco tempo antes. A gaúcha não se intimidou e venceu por ippon para o Brasil avançar.
Nas quartas de final, a equipe brasileira não teve chances contra o Uzbequistão. No placar, 4 a 0, com derrotas de Portela, Katsuhiro, Ketelyn e David. O caminho para a medalha teria que passar pela repescagem e pela forte Geórgia. Ketelyn começou vencendo, mas os europeus empataram com a vitória de Nugzari Tatalashvili sobre Katsuhiro. Portela recolocou o Brasil na frente, e Rafael Macedo fez 3 a 1 com um lindo ippon sobre o campeão mundial Avtandili Tchrikshivili. Beatriz Souza fechou a conta, 4 a 1, e garantiu a disputa do bronze.
Contra a Rússia, a medalha estava em jogo. E o Brasil começou atrás no placar. Eduardo Katsuhiro perdeu para Denis Iartcev no golden score (0 a 1). Na sequência, Maria Portela empatou com um ippon sobre Dali Liluashvili (1 a 1). Os russos voltaram à frente com a vitória de Khusen Khalmurzaev sobre Rafael Macedo (1 a 2). Medalhista no individual, Bia venceu Daria Vladimirova por ippon e deixou tudo igual de novo (2 a 2). David Moura sofreu, chegou a ser imobilizado por Alen Tskhovrebov, mas conseguiu se recuperar e fez 3 a 2. A vitória verde e amarela estava nas mãos de Ketelyn Nascimento. Fria, ela viu Anastasiia Konkina ir para cima desde o começo, mas não se abalou. Foi penalizada, mas esperou a hora certa para dar o golpe certeiro. Ou melhor, no solo, conseguiu inverter a posição da russa e imobilizá-la para dar a vitória e o bronze ao Brasil.
A campanha do Brasil
Oitavas: Brasil 4 x 3 Cazaquistão
Quartas: Brasil 0 x 4 Uzbequistão
Repescagem: Brasil 4 x 1 Geórgia
Disputa de 3º: Brasil 4 x 2 Rússia
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