Atlético de Alagoinhas supera gol contra e expulsão, vira sobre Bahia de Feira e conquista Baianão pela 1ª vez
(Foto: Reprodução) |
A espera acabou para o torcedor do Atlético de Alagoinhas. Pela primeira vez em sua história de 51 anos, o Carcará conquista o Campeonato Baiano e leva o troféu para a cidade de Alagoinhas. E não foi sem drama. O Atlético superou gol contra e expulsão para vencer de virada o Bahia de Feira até então invicto na Arena Cajueiro. Iran, que tinha marcado contra, se redimiu; Ronan e Dionísio se desdobraram, balançaram as redes e foram fundamentais para o título. Marcone Pelé marcou no fim para o Tremendão.
Em casa, o Bahia de Feira logo tomou a iniciativa. Aos sete minutos, Deon ajeitou de cabeça para Thiaguinho pegar de primeira dentro da área e acertar uma bomba na cabeça de Radar. Aos 9, Pedro Neto recebeu na cara do gol e tocou para Bruninho, que perdeu tempo na hora de chutar. Aos 18 não teve jeito e, após levantamento, Iran completou contra o próprio gol. Atrás no placar, o Atlético de Alagoinhas, que pouco produzia, não demorou a reagir e empatou a partida com o mesmo Iran, que acertou bela cabeçada. Depois do gol do Carcará, o jogo ficou truncado e voltou a ganhar em emoção só nos minutos finais, quando Wesley tocou com a mão dentro da área, e Ronan virou o jogo em cobrança de pênalti.
Quem esperava o Bahia de Feira fazendo pressão desde o início viu o Atlético de Alagoinhas segurar a vantagem e incomodar mais. Aos seis minutos, Dionísio bateu colocado de fora da área e chegou perto de ampliar. Só que tudo mudou com a expulsão de Gilmar aos 17 minutos. O Tremendão apertou e, em espaço de dois minutos, Tico levou perigo duas vezes, batendo cruzado ao invadir a área e chutando de longe. Mas quem marcou foi o Carcará. Aos 24, Dionísio recebeu de Vitinho e completou cruzamento com o gol livre. Logo depois, Diones ainda tentou diminuir o prejuízo em chute à queima-roupa, mas Fábio salvou. A pressão seguiu e, aos 45, Marcone Pelé diminuiu de cabeça. E tome emoção. Aos 51, Tremendão teve chance de empatar em cruzamento, mas perdeu.
Em cinco minutos, o zagueiro Iran foi da tristeza à euforia. Aos 18 minutos do primeiro tempo, completou sem querer meio de costas, meio de bunda contra o próprio gol após cruzamento na área. Contudo, aos 23, finalizou cabeça (desta vez para o gol correto) e empatou a partida. Na comemoração, não escondeu a emoção e foi às lágrimas.
O jogo mudou de vez aos 17 minutos do segundo tempo. Gilmar fez falta em Tico e, no primeiro momento, recebeu cartão amarelo. Chamado pelo árbtitro de vídeo para revisar o lance, o árbitro Marielson Alves Silva decidiu expulsar o jogador do Carcará.
Campeão do Baianão, o Atlético de Alagoinhas vai receber R$ 135 mil, e o Bahia de Feira, vice-campeão, ficará com R$ 100 mil. A Federação Bahiana de Futebol (FBF) também garante premiação para o 3º colocado, Juazeirense, e 4º, Bahia, que receberão R$ 66 mil e R$ 33 mil, respectivamente.
O Atlético de Alagoinhas jogava fora de casa em busca do título. E a tarefa era dura, já que o Bahia de Feira estava invicto na Arena Cajueiro e vinha de quatro vitórias e dois empates. Mas não foi suficiente contra o Carcará, que venceu de virada e conquistou o Baianão.
Autor de um dos gols do Carcará no jogo, Ronan chegou a cinco no Campeonato Baiano e se isolou na artilharia da competição.
Globo Esporte
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