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(Foto: Ivan Storti/Santos FC) |
A quarta passagem de Robinho, condenado em segunda instância pelo crime de violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa, pelo Santos termina neste domingo. Talvez você nem se lembre, mas o atacante foi contratado em outubro do ano passado, chegou a treinar no CT Rei Pelé e se despede sem nenhum jogo disputado.
Apesar do fim do contrato, o Santos ainda precisará pagar Robinho por causa de dívidas das outras passagens. O valor total é R$ 2 milhões, que foram divididos em uma parcela de R$ 900 mil e outras mensais.
O acordo inicial previa que os R$ 900 mil fossem a primeira parcela paga pelo Santos. O clube deve conseguir inverter a ordem e deixar a maior parte para o fim – o restante será pago nos próximos meses.
Na prática, a quarta passagem de Robinho pelo Santos durou apenas seis dias. O atacante foi anunciado pelo Peixe no dia 10 de outubro. A revelação de trechos da sentença da Justiça italiana que condenou o jogador e um amigo em primeira instância a nove anos de prisão por violência sexual de grupo, porém, aumentou a pressão sobre a contratação.
Apenas seis dias depois, o Santos anunciou a suspensão do contrato de Robinho. Neste meio tempo, o atacante apenas treinou no CT Rei Pelé e assistiu à derrota do Peixe para o Atlético-GO nas arquibancadas da Vila Belmiro.
No início de dezembro, Robinho teve mais uma derrota na Justiça. A Corte de Apelação de Milão confirmou a condenação do jogador e de seu amigo Ricardo Falco pelo crime de violência sexual de grupo. O tribunal, a segunda instância da Justiça italiana, também referendou a pena de nove anos de prisão.
O caso, porém, não terminou ali. Os advogados de Robinho e Falco recorreram à Corte de Cassação, tribunal no sistema judiciário do país equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil. Só após o processo tramitar nessa terceira instância um acusado pode ser considerado culpado por algum crime.
A decisão da Corte de Apelação sairá em 90 dias, a partir do momento em que eles recorreram, com as motivações da confirmação da sentença da primeira instância. Só depois desse documento é que as defesas podem recorrer à Corte de Cassação.
Fato é que a quarta passagem de Robinho pelo Santos foi mais conturbada do que as outras e, pela primeira vez, não teve nenhum título. Nem jogo.
Globo Esporte