(Foto: Alex Menendez /AFP) |
A derrota por 2 a 0 para os Estados Unidos cumpriu sua missão na preparação da seleção brasileira feminina rumo aos Jogos Olímpicos: apontar as falhas que precisam ser corrigidas nos próximos quatro meses.
Esse foi o espírito demonstrado pela técnica Pia Sundhage após o jogo. Para a treinadora sueca, a seleção mostrou neste domingo qualidades que precisam ser desenvolvidas e dificuldades a acertar.
- Precisamos trabalhar algumas partes do jogo, especialmente quando criamos chances. Nós criamos em contra-ataques e também quando mantivemos a bola no último terço do campo. Precisamos fazer mais disso. E mais para frente, temos que melhorar a defesa e a condição física, mas temos alguns meses até as Olimpíadas - afirmou a treinadora.
- Precisamos ser mais agressivas, especialmente no meio do campo, e também precisamos ser mais espertas quando recuperamos a bola, para manter a bola no ataque. Não conseguimos fazer isso, especialmente nos primeiros 20 minutos - completou.
O jogo contra as campeãs mundiais, de fato, deixou algumas lições, boas e ruins. O início inseguro, quando as americanas pressionaram e logo abriram o placar, e a diferença física e tática diante de uma equipe "pronta" pesaram contra o Brasil. Em compensação, a qualidade ofensiva do quarteto formado por Marta, Debinha, Ludmila e Bia Zaneratto fez a seleção estar várias vezes perto do empate. A melhorar, o poder de conclusão.
- Não acho que lidamos bem com a pressão nos primeiros 15, 20 minutos. No entanto, estou realmente feliz que pouco a pouco nós entramos no jogo e fomos melhorando. Há uma razão para termos criado tantas chances. Claro que seria melhor se tivéssemos marcado, mas são os EUA. Temos muitas coisas para trabalhar em cima.
O Brasil vai encerrar sua participação no torneio SheBelieves Cup quarta-feira, contra o Canadá, às 18h (horário de Brasília), com transmissão do SporTV e Tempo Real no ge. Mais uma oportunidade para Pia testar a evolução da equipe.
- Cada jogo é importante para a gente descobrir o que é melhor para o time.
Apesar dos gols perdidos, a dupla ofensiva formada por Ludmila e Debinha deve ter outra oportunidade.
- Sabemos que com Ludmila temos muita velocidade, é uma atacante de força, e espero que as duas estejam mais conectadas, mais perto uma da outra, assim elas vão jogar melhor. É muito interessante ver as duas juntas.
Globo Esporte
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