(Foto: Eduardo Deconto) |
Além do empate em 0 a 0 que impediu o tetracampeonato brasileiro do Inter, o jogo com o Corinthians na noite de quinta-feira, no Beira-Rio, pela última rodada do Brasileirão, teve revolta dos colorados por decisões da arbitragem capitaneada por Wilton Pereira Sampaio. Na súmula da partida, o juiz citou ofensas de dirigentes, entre eles o presidente Alessandro Barcellos, e invasão de campo nos minutos finais.
A principal polêmica do confronto foi a revisão e cancelamento do pênalti marcado a favor do time gaúcho ainda no primeiro tempo. Aos 30 minutos, Moisés tentou cruzamento rasteiro da esquerda dentro da área corintiana. A bola bateu no braço de Ramiro, que deu um carrinho para tentar interceptá-la.
Wilton Pereira Sampaio assinalou a infração. Entretanto, ouviu o chamado do árbitro de vídeo e precisou conferir a imagem do lance. Após revisão, cancelou a penalidade, o que gerou a ira dos colorados dentro de campo e fora dele. Na Central do Apito, a comentarista Nadine Basttos disse que a marcação foi correta.
Mais tarde, Yuri Alberto teve gol anulado por impedimento, novamente com auxílio do VAR. No intervalo de jogo, enquanto a equipe de arbitragem se dirigia para o túnel do Beira-Rio, Sampaio identificou xingamentos de dirigentes colorados.
Sampaio ainda cita que aos 19 minutos do primeiro tempo precisou interromper a partida por conta de "reclamações acintosas vindas da arquibancada". Segundo ele, o coordenador da CBF indicado para o confronto indicou o lateral-direito Rodinei, que estava suspenso, o presidente Alessandro Barcellos, o vice-presidente Arthur Caleffi, o vice de futebol João Patrício Herrmann e o coordenador científico Rafael Barleze.
- Ao final do primeiro tempo, quando a equipe de arbitragem se dirigia para o vestiário, os dirigentes citados acima, se posicionaram na mureta que separa a arquibancada do campo de jogo, próximo ao túnel de acesso à zona mista, e permaneceram contestando ofensivamente a arbitragem com as seguintes palavras: ladrão, quadrilha, vagabundos, filho da puta, safado, vai roubar outro - escreveu o árbitro.
Nas observações de Wilton também consta a invasão de campo de Rodinei depois do gol marcado por Edenilson, aos 51 do segundo tempo, que acabou anulado por impedimento pelo assistente. Por fim, ele volta a identificar membros da direção colorada em xingamentos aos árbitros após o apito final.
Em entrevista coletiva, o presidente Alessandro Barcellos comentou sobre uma "sequência de erros" contra o Inter durante o campeonato. Cobrou uma arbitragem profissional e critérios iguais para todos os jogos.
- Não é possível o Campeonato Brasileiro, o mais difícil do mundo, orçamento ultrapassa R$ 5 ou R$ 6 bilhões sem a arbitragem profissional. Os critérios de lances semelhantes. O mesmo juiz com critérios diferentes para os mesmos lances. Isso é inadmissível. Temos que olhar. Vocês podem falar que fomos beneficiados e prejudicados, mas o interesse é um futebol de mais qualidade - afirmou.
O empate deixou o Inter com 70 pontos em segundo lugar, um a menos que o Flamengo, agora bicampeão brasileiro. A equipe colorada já entra em campo na próxima segunda-feira, às 20h, no Beira-Rio, contra o Juventude, pela primeira rodada do Gauchão 2021.
Globo Esporte
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