Santos nega assédio moral contra funcionária e diz que gerente acusado de racismo se demitiu

(Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)


O Santos se posicionou oficialmente sobre as acusações de assédio moral e racismo, denunciadas por funcionários do clube e divulgadas nesta quarta-feira pela ESPN.

Em nota, o Santos informa que Roberto Rabelato, então gerente de controladoria, se desligou do clube "para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência". O profissional foi acusado pelo advogado César Pinto de racismo.

Junto com o posicionamento, o Santos divulgou um vídeo do advogado:

– Levei ao conhecimento do presidente e do Comitê de Gestão e fui prontamente acolhido. Tive um pedido de desculpas do ofensor, o qual eu aceitei e dei o caso por encerrado (...) O Santos tem como princípio a igualdade entre as pessoas e seus funcionários. Entendo que o clube deveria ter o conhecimento do que ocorreu – disse César Pinto.

Ainda no comunicado, o Santos nega o assédio moral a uma antiga profissional do departamento de recursos humanos, também negra, que alegou ser humilhada por Luiz Eduardo Silveira, superintendente administrativo e financeiro.

O clube diz que "a citada funcionária foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada."

Veja a nota oficial do Santos na íntegra:

"O Santos FC esclarece fatos sobre matéria veiculada pelo portal ESPN:

Quanto aos fatos narrados, cabe explicar que todas as providências foram imediatamente adotadas quando os fatos foram narrados à direção do clube, quer seja em acionar o Departamento Jurídico, instaurar procedimento na Divisão de Inquérito e Sindicância e que fossem adotadas as devidas questões relativas à Polícia Judiciária.

Quanto a questão do assédio moral, foram ouvidos todos os funcionários e não foi constatado qualquer indício nesse sentido. A citada funcionária foi realocada e testada em três setores diferentes sem conseguir aproveitamento satisfatório em suas atividades laborais, motivo pelo qual foi devidamente desligada.

Salienta-se que o áudio captado se deu de maneira ilegal e sem o conhecimento dos presentes, porém a veiculação na mídia se deu de maneira deturpada e sem outros trechos importantes.

Sobre a questão da injúria racial, a vítima – o colaborador Dr. Cléber Pinto – destaca que recebeu todo o apoio da direção do clube e no vídeo aqui postado afirmou ter aceitado o pedido de desculpas e explicações do colaborador acusado, dando o caso por encerrado.

O Presidente Orlando Rollo, ainda na citada reunião, após ouvir atentamente ambas as versões, acenou por efetuar a prisão em flagrante e foi obstado pelo próprio Advogado “vítima”, o qual foi enfático em não desejar dar qualquer tipo de prosseguimento no caso.

Reitera-se, por fim, que o crime de injúria racial tem natureza de ação penal condicionada à vontade da vítima.

O SFC informa que o colaborador acusado se desligou do clube para que a apuração interna prossiga de maneira independente e livre de qualquer interferência na apuração dos fatos".

Globo Esporte

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