(Foto: Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images) |
Entre as incontáveis surpresas da caótica temporada 2020 da Fórmula 1 está a convocação de George Russell para substituir Lewis Hamilton na Mercedes após o heptacampeão testar positivo para Covid-19 e ficar fora do GP de Sakhir. Trazendo consigo os primeiros pontos da carreira, o titular da Williams teve na etapa seguinte, no GP de Abu Dhabi, a tarefa de voltar para sua equipe original - e o carro mais lento do grid. E ele garante que o retorno esteve longe de ser fácil.
- Foi mais difícil voltar para a Williams porque o carro da Mercedes é muito bom. É o que todo piloto quer de um carro de corrida. O piloto está no controle do Mercedes, enquanto, às vezes, é quase como se nosso carro estivesse nos controlando. Temos que reagir a ele, enquanto na Mercedes você é quem o controla - disse o britânico, que foi substituído em sua atual equipe por Jack Aitken.
A adaptação em um carro mais rápido esteve longe de ser um problema para Russell, em sua segunda temporada na F1. O piloto de 22 anos liderou dois treinos livres na etapa em Sakhir, classificou-se em segundo lugar no sábado e ultrapassou o novo companheiro, Valtteri Bottas, nas duas largadas da corrida. No entanto, perdeu a chance de vencer por um problema no pit stop e um pneu furado, concluindo a prova em nono lugar.
- Quando você tem um ótimo carro, é uma verdadeira alegria dirigir. E talvez seja por isso que eu dei conta disso de maneira relativamente rápida - explicou o piloto.
Hamilton se recuperou do coronavírus em tempo para participar do GP de Abu Dhabi, o último do ano, e reassumiu seu carro heptacampeão já nos treinos livres. Enquanto isso, Russell retornou para seu lugar habitual e experimentou um fim de semana bem diferente da aventura em Sakhir, não tendo passado das últimas colocações ao longo do fim de semana e concluindo a corrida em 15º lugar:
- Tínhamos que controlar os freios. Isso, consequentemente afeta os pneus. A pista estava ficando mais fria, então precisei atacar as curvas para manter a temperatura dos pneus. Estive no fio da navalha durante toda a corrida. Com a temperatura da pista caindo, você precisa levar o carro ao limite absoluto e não podíamos realmente fazer isso Mas estou feliz por termos terminado assim.
O desempenho de Russell no fim de semana de Sakhir fez com que a permanência de Valtteri Bottas, que ficou atrás do britânico durante boa parte da etapa, parecesse ameaçada na Mercedes em 2021. No entanto, o chefe da equipe, Toto Wolff, reforçou o compromisso com o finlandês para o próximo ano e lembrou que o contrato do vice-campeão já havia sido renovado em agosto.
Globo Esporte
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