(Foto: Victor Carretero) |
O Real Madrid realizou neste domingo a sua Assembleia Geral de sócios. Durante o evento, o presidente do clube, Florentino Pérez, defendeu a criação de uma nova competição continental, no caso a Superliga Europeia, mas sem nomeá-la diretamente.
- Nada voltará a ser como antes. A pandemia mudou tudo. Nos fez mais vulneráveis e também o futebol. Ele precisa de fórmulas que o façam mais competitivo e emocionante. Precisamos de novas mudanças. O futebol tem que fazer frente ao novo tempo. A reforma do futebol não pode esperar e temos que enfrentá-la. Temos a responsabilidade de lutar por isso - afirmou Florentino Pérez.
A proposta da Superliga Europeia defende, essencialmente, a criação de uma liga com os principais clubes da Europa num modelo semelhante aos da Euroliga de basquete e da NBA, nos Estados Unidos.
O formato segue sendo estudado, mas contaria com partidas de ida e volta entre 16 a 18 clubes participantes, com mata-mata em sede única para a definição do campeão. Essa superliga afetaria diretamente a Champions League e a Liga Europa.
Essa foi a primeira vez que o presidente do Real falou abertamente sobre a Superliga Europeia (sem mencioná-la). Ele afirmou que existe uma "saturação" do calendário, o que provocaria lesões nos jogadores e inclusive uma confusão dos torcedores a respeito da competição de cada jogo. Segundo a imprensa espanhola, o Barcelona e o Atlético de Madrid estariam dispostos a fazer parte da competição.
Na assembleia deste domingo, com um quórum de 1.773 sócios, a direção do Real Madrid detalhou como a pandemia do coronavírus afetou as finanças do clube. As perdas no exercício do ano de 2020 foram de 91 milhões de euros. As receitas devem cair 25%, para 616 milhões de euros ao fim desta temporada. Os sócios votaram sobre as contas de 2019/20 e o orçamento para 2020/21.
- A pandemia mudou a nossa vida. Nos encontramos em um panorama que era difícil de imaginar e que também afetou o futebol. Estamos diante de uma realidade muito difícil, de consequências imprevisíveis. A ausência de público provocou uma redução das receitas, assim como em outros clubes. Fizemos uma grande redução dos gastos para garantir a solvência econômica - explicou Pérez.
Por causa da crise da Covid-19, o Real Madrid entrou em acordo com os jogadores dos elencos profissionais de futebol e basquete, além do Castilla B, pela redução dos salários.
O Real Madrid também deu novas informações sobre o andamento das obras do estádio Santiago Bernabéu, que já passaram de um ano. Os investimentos aumentaram 114 milhões de euros. O clube tomará um empréstimo de 575 milhões de euros, para pagar em 30 anos (com três de carência), depois que tudo for concluído.
Globo Esporte
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