(Foto: Reprodução) |
Quarenta e três dias desde a demissão, uma negociação longa e um impasse que persiste: Domènec Torrent ainda não definiu a rescisão contratual com o Flamengo. O acerto, que chegou a ser selado com advogados do espanhol há duas semanas, esbarrou em exigências feitas nas tratativas com seus três auxiliares e comunicado nesta segunda-feira. O clube reiterou sua posição alegando seguir as leis trabalhistas vigentes no Brasil.
Flamengo e Domènec Torrent chegam a versão final de rescisão de contrato e trocam minutas antes de assinatura
O impasse se dá pelo desejo de Jordi Guerrero, Jordi Gris e Julián Jiménez que fique estabelecido que têm o direito de recorrer ao CAS (Corte Arbitral do Esporte) caso o Flamengo não cumpra o combinado. A possibilidade está presente no acordo com Dome, mas o clube argumenta que trata-se de vínculos distintos e que o montante de 130 mil euros (R$ 815 mil) que os auxiliares têm direito não justifica tal resolução.
O trio teve carteira de trabalho assinada de acordo com a CLT, enquanto o treinador seguiu a prerrogativa da Lei Pelé, com divisão entre CLT e direitos de imagem, o que é habitual em valores maiores. Diante do conflito, Dome prestou solidariedade aos companheiros de comissão técnica e travou o acerto para receber 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 11 milhões) pela rescisão.
O Flamengo tinha definido que iria pagar agora a parte relativa aos direitos de imagem; a parte trabalhista seria quitada até o fim do contrato, que tinha validade até janeiro de 2022. Com o imbróglio, o departamento de futebol ficou de retomar as tratativas com os espanhóis, que voltaram recentemente para casa após longo período de férias no Brasil.
Dome comandou o Flamengo em 26 jogos, com 15 vitórias, cinco empates e seis derrotas - aproveitamento de 63,8%. Ele não resistiu as duas goleadas seguidas no Campeonato Brasileiro, sofridas para São Paulo e Atlético-MG.
Globo Esporte
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