(Foto: Reprodução) |
Dias depois de ser eliminado da Copa Libertadores, o técnico Sebastián Beccacece anunciou o que já era especulado na imprensa argentina: ele não será o comandante do Racing em 2021. O treinador confirmou o adeus ao time de Buenos Aires em entrevista coletiva neste sábado, indicando que gostaria de permanecer, mas se despedirá para acompanhar a saída de Diego Milito, diretor de futebol, responsável por sua contratação.
Beccacece ainda comandará o time em três partidas, até o fim da Copa Diego Maradona, na primeira semana de janeiro. Ele deixou claro que o que pesou em sua decisão foi o clima político no Racing, que vive um ano de eleição, levando o time se tornar alvo de críticas e especulações. O técnico afirmou que gostaria de permanecer até o meio do ano que vem, no mínimo, e talvez renovar por mais três anos - mas julgou que deveria ir embora ao pensar friamente.
- Gostaria de seguir neste caminho. Este grupo nos deu o melhor, nos comparamos com Flamengo, com River. Houve uma entrega absoluta. O caminho se tornou adverso, normal em um ano político. Quiseram inventar um monte de coisas, mas nunca puderam com este grupo. Decidimos com a comissão técnica que vamos encerrar uma vez que acabe o torneio. Com toda a dor, porque tínhamos um projeto muito lindo. Amaria seguir. Às vezes, se deve guiar mais pelo desejo que pela razão, mas não é o meu caso - afirmou.
O comandante fez questão de frisar sua lealdade a Diego Milito, que deixou o cargo de diretor de futebol no mês passado, às vésperas do confronto contra o Flamengo na Copa Libertadores, por divergências com o presidente Victor Blanco. O ex-atacante foi responsável pela contratação de Beccacece, que estava no rival Independiente, após se destacar no comando do Defensa y Justicia - nos primeiros trabalhos após ser auxiliar de Jorge Sampaoli.
Beccacece permaneceu no Racing por apenas um ano, que teve o calendário atrapalhado pela pandemia da Covid-19. O técnico comandou a equipe em 26 partidas e teve como destaque a campanha na Copa Libertadores, na qual chegou às quartas de final, eliminando o atual campeão Flamengo nas oitavas e disputando de forma dura uma vaga nas semifinais com o Boca Juniors.
O técnico de 40 anos é um nome badalado no futebol brasileiro, por conta de seu histórico de trabalho ao lado de Jorge Sampaoli e o recente sucesso alcançado no futebol argentino. Além de ser alvo do desejo de torcedores de diversas equipes, o profissional chegou a ser alvo de Palmeiras, Santos e Athletico-PR no último ano, em negociações que não tiveram sucesso. Ele não indicou qual será seu destino a partir de janeiro.
Globo Esporte
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