Claire Williams diz que saída repentina de patrocinador foi decisiva para venda da equipe

(Foto: XPB Images/Williams)


"Tive a minha chance e estou sem energia. Desejo aos novos proprietários alguém que ainda tenha força para colocar tudo nisso. Esse não sou mais eu."

O desabafo de Claire Williams ao jornal "The Telegraph" comprova que o processo de venda da equipe fundada por seu pai Frank não foi nada fácil para ela. Segundo a ex-chefe da Williams, o fator decisivo para a negociação do time foi a saída do principal patrocinador em meio à pandemia de coronavírus: a empresa britânica do ramo de telecomunicações RoKit não cumpriu com as promessas de investimento e abandonou a escuderia.

- Tínhamos esgotado todas as fontes possíveis. Achei que as coisas realmente iriam melhorar neste ano. Conseguimos um novo patrocinador que nos prometeu o mundo. Quando tudo se desfez, e o coronavírus atacou, foi o fim da história. Não havia como se recuperar disso. Se essas duas coisas não tivessem acontecido, nós teríamos conseguido.

Claire, que teve seu último grande prêmio no comando da Williams em Monza, comentou ainda que está descobrindo como é a vida fora da Fórmula 1. Aos 44 anos de idade e com um filho, Williams agora se dedica à família:

- Esse esporte exige muito de você. Quero me reconstruir depois desse momento difícil e descobrir quem sou fora da Fórmula 1. Sempre fui filha de Frank Williams. Agora eu só quero me tornar minha própria pessoa - e ver se eu gosto disso.

A Williams foi vendida para o grupo privado de investimentos Dorilton Capital, e agora quem comanda o time é Simon Roberts. Embora venha tendo um desempenho melhor do que nos últimos dois anos, quando foi a pior equipe da F1, a Williams ainda não somou nenhum ponto no campeonato com os pilotos George Russell e Nicholas Latifi.

Globo Esporte

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