FCF vê antecipação do Cearense como necessária; Governador descarta jogos antes de 20 de julho

(Foto: Juscelino Filho)


A Federação Cearense de Futebol (FCF) lançou uma nota de esclarecimento sobre a retomada do Estadual. De acordo com a entidade, todos os protocolos médicos vêm sendo adotados pelos clubes que já voltaram os treinamentos, e que as regras de segurança estabelecidas para os dias de jogos são suficientes para evitar a propagação da Covid-19 em meio a partidas de futebol.

A posição da FCF vem após a divulgação da terceira fase de reabertura econômica em Fortaleza, ocorrida neste sábado (4). Tanto a entidade quanto os clubes esperavam que a retomada dos jogos na capital cearense, que receberá os onze jogos restantes do Estadual, fosse antecipada. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o governador Camilo Santana descartou o adiantamento.

- Não há possibilidade. Está previsto para a última fase. Vamos avaliar até a última fase como vai se comportar até lá - declarou.

Confira a nota completa da FCF

Em 17 de março de 2020, a Federação Cearense de Futebol suspendeu, por prazo indeterminado, a realização de jogos válidos pelo Campeonato Cearense Série A em decorrência da pandemia da COVID-19. Durante este período, estamos enfrentando os mais diversos impactos negativos provocados na indústria esportiva, mantendo o profissionalismo e responsabilidade necessários a todos.

Para tanto, desde os dias iniciais de paralisação das atividades, a FCF, juntamente com os seus clubes filiados, dedicou suas atenções para estudos, análises e elaborações de protocolos, visando a aplicação de estratégias e medidas nos treinos dos clubes e jogos oficiais do nosso futebol após autorização pelos órgãos competentes.

Dentre os protocolos elaborados, cabe destacar os protocolos de treinos, de estádios e de jogos; compreendendo as particularidades e os detalhamentos de cada momento e cada ambiente, partindo de um contexto geral e tratando das especificidades, e, claro, baseados sempre na ciência e nas determinações dos órgãos da saúde.

Após as devidas aprovações e passado um mês de autorização para retorno aos treinos, os clubes e a arbitragem estão desenvolvendo as atividades para devido retorno aos jogos das competições oficiais e seguindo os cronogramas com base no número de jogos previsto para a temporada 2020.

Dentre as ações que são realizadas no ambiente interno das instituições esportivas, destacamos a sanitização dos espaços, os controles de acessos e testagem dos árbitros, atletas, comissões e demais profissionais que participam dos treinos, bem como o acompanhamento devido das operações de todas as atividades. Estas ações têm permitido o máximo de segurança a todos e geram importantes resultados para a continuidade das demais etapas de desenvolvimento do processo de retomada.

Com isto, reforçamos que nosso objetivo é continuar a promover cenários possíveis e que permitam o máximo de segurança aos envolvidos com a modalidade, posto que tratamos a indústria do futebol de forma profissional, organizada e dedicando o zelo, a atenção e a importância que os profissionais da indústria sempre merecem.

A medida que o cenário melhora e conforme se apresenta atualmente nos relatórios das autoridades competentes, entendemos que a antecipação da data para o retorno do Campeonato Cearense de Futebol Série A-2020 é necessária, uma vez que os protocolos de treinos aplicados pelos clubes e arbitragem, também, têm se apresentado eficientes, controlados e extremamente positivos para avançarmos à próxima etapa.

Reforçamos que os jogos oficiais, ainda que sem a presença de público, possibilitam a geração de receitas para os clubes e entidades envolvidas, uma vez que o futebol possui relações comerciais de patrocínio, apoio e parceria com empresas de diversos mercados da indústria.

Neste momento, acreditamos que ainda seja possível promovermos a recuperação gradativa e segura da econômica do futebol cearense e, consequentemente, o amortecimento dos impactos negativos proporcionados em outras indústrias da economia local, além de atender a uma necessidade de reorganização esportiva e financeira do próprio mercado.

Do contrário, teremos um cenário extremamente negativo e com demissões em massa devido aos altos custos para manutenção em um momento em que a matéria prima da modalidade está inativa e não há estímulos para a geração de receitas nas entidades esportivas.

Globo Esporte

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