Zanardi sofre grave acidente e é levado de helicóptero a hospital com suspeita de politraumatismo

(Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)


Alex Zanardi se envolveu, nesta sexta-feira, em um acidente em Siena, na Itália, durante uma das etapas do revezamento do "Obiettivo Tricolore", espécie de maratona festiva que reúne atletas paralímpicos em bicicletas de mão (handbikes) e triciclos para celebrar o renascimento da Itália ao normal após a crise causada pela pandemia de coronavírus. .

O acidente teria ocorrido ao longo da rodovia 146, no município de Pienza. De acordo com o jornal "Gazzetta dello Sport", Zanardi teria perdido o controle da bicicleta durante uma descida, invadindo a contramão e batendo em um caminhão.

Em um vídeo divulgado pela "Tgr Rai Toscana" é possível ver o equipamento do atleta no meio da via, parcialmente destruído.

O ex-piloto de Fórmula Indy e F1 foi resgatado de helicóptero e transferido para o hospital Le Scotte, em Siena, em estado grave e com suspeita de politraumatismo.

Ao que tudo indica, foram os atletas que estavam participando do revezamento com Zanardi que chamaram o socorro.

O atleta e piloto se preparava para voltar às pitas, mas dessa vez fora da bike e dentro do cockpit, no mês de novembro pelo Campeonato Italiano de GT como piloto da BMW.

A carreira de Zanardi

Zanardi teve carreira discreta na F1, mas brilhou na CART, uma das categorias dissidentes da Indy. Foi bicampeão em 1997 e 1998 e terceiro colocado em 1996. Nesse período, conquistou 15 vitórias e subiu ao pódio 27 vezes.

Em setembro de 2001, porém, viu a vida virar de cabeça para baixo em um tenebroso acidente em uma etapa da categoria disputada em Lausitzring, na Alemanha. Zanardi rodou, bateu no muro e ficou atravessado na pista.

Ele foi atingido em cheio pelo carro do canadense Alex Tagliani. Zanardi teve as pernas severamente comprometidas no acidente, foi submetido a diversas cirurgias de emergência e precisou amputá-las acima do joelho. Em 2007 ele começou a competir no paraciclismo.

Na Paralimpíada do Rio, repetiu o feito dos jogos de Londres, em 2012, e conquistou três medalhas (duas de ouro e uma de prata), se tornando o maior campeão do ciclismo paralímpico. Com a façanha, Alex chegou a seis medalhas olímpicas na carreira, sendo quatro de ouro e duas de prata - três delas conquistadas em solo brasileiro, e as outras em Londres 2012 - e vai ao topo do ranking na modalidade, superando o australiano Christopher Scott, que também possui seis medalhas (três ouros, duas pratas e um bronze).

Globo Esporte

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