(Foto: Xavier Bonilla/NurPhoto via Getty Images) |
Já se imaginava um grande impacto financeiro para as esquipes com a suspensão temporária da temporada 2020 da F1 em função da pandemia de coronavírus, uma vez que sem disputar corridas, a receita por direitos comerciais diminui. Mas o que ainda não se sabia era o tamanho do prejuízo. Segundo o chefe da equipe AlphaTauri, Franz Tost, essa cifra varia entre 1,5 milhão e dois milhões de euros (de R$ 9 milhões a R$ 12 milhões).
- Os contratos são feitos de tal forma que perdemos receita proporcional se corridas não forem disputadas, porque aí então a quantia (paga pelo ano todo) é reduzida. Se não corrermos um GP, isso custa entre 1,5 milhão e dois milhões de euros (de R$ 9 milhões a R$ 12 milhões) - estima Tost,.
No plano mais recente traçado pela F1, a temporada deve começar no início de julho na Áustria e com a possibilidade de realizar entre 15 e 18 corridas. Tost diz que se esse for o caso, as consequências não serão tão grandes, mas que a situação ficará crítica caso não haja etapas em 2020.
- Se começarmos a correr em julho, vamos sair dessa apenas com um olho roxo. Mas se isso não acontecer, a situação ficará crítica. Se não tivermos F1 esse ano, será uma situação muito complicada. Se não tivermos nenhuma receita, é obviamente um desastre econômico - reconhece.
Tost preferiu não entrar em polêmica no assunto do teto orçamentário, principalmente pelo fato de a AlphaTauri pertencer a RBR, um dos times que está ao lado da Ferrari lutando para evitar que o valor seja reduzido ainda mais. Ainda assim, o dirigente reconhece que não dá mais para a F1 seguir com a gastança desenfreada de outras épocas.
- Não podemos presumir que possamos continuar tudo da forma que era no atual momento. É impossível continuar gastando desta maneira. Um exemplo: ainda é necessário que tenhamos tantas pessoas no túnel de vento como hoje em dia? Precisamos ver quais corridas serão realizadas, qual será nossa receita e quais patrocinadores teremos. Eles ficarão ou removerão o patrocínio? Como está a situação econômica? Só depois poderemos falar em um teto orçamentário.
F1 adianta verba de algumas equipes
Para ajudar as escuderias menores a atravessar o momento de incerteza, a Liberty Media, dona da F1, decidiu ajudar algumas equipes ao adiantar parte das verbas a que têm direito ao fim do ano, revela o CEO da companhia, Greg Maffei.
- Como fazer algo que é benéfico para os fãs, mas também evitar que os times entrem em falência ao ir para corridas sem lucro? Não é que queremos usar nosso dinheiro de maneiro equivocada, mas estamos tentando equilibrar o negócio operacional dos nossos parceiros, que são os times e que tem grandes despesas. Por isso adiantamos o pagamento de alguns times. Há casos em que podemos voltar a fazer isso, além de outras coisas para ajudar equipes que precisam de ajuda - afirma Greg Maffei.
Globo Esporte
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