Braz vê Flamengo pronto para voltar e teme que subida do euro pese em renovação com Jesus: "Fator ruim"
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Mais do que nunca: gelo no sangue. O momento é de indefinição, os rumos do futebol e do mundo indicam para um gigantesco ponto de interrogação. E o Flamengo não rema contra essa tendência. Ciente da realidade, Marcos Braz evitar fazer projeções e vê a paciência e a serenidade como características fundamentais para fugir da tormenta chamada coronavírus. O mesmo vale para renovação com Jorge Jesus.
"Todos os esforços serão feitos de novo. O presidente Landim autorizou, estamos conversando com calma, mas aconteceu essa situação do mundo. O Euro vai para mais de R$ 6. Isso é um fator ruim. Estamos analisando várias situações. Vamos fazer a nossa parte, mas não depende só do Flamengo. Dependemos também do Jorge entender o momento"
O vice-presidente de futebol do Flamengo foi o convidado da FlaTV para entrevista ao vivo neste sábado e demonstrou cautela ao avaliar o futuro breve do futebol do clube. Os próximos passos não dependem exclusivamente de decisões do Rubro-Negro e o dirigente se colocou no lugar de observação:
"Não é o Flamengo que precisa voltar. Todos os clubes precisam voltar. Os jogadores estão de férias até o dia 30 e estamos prontos, preparados. Mas não depende do Flamengo"
- Depende dos órgãos governamentais. Temos que ver a flexibilidade do governo, da prefeitura. Estamos prontos e querendo, mas seguiremos todas as ordens governamentais e protocolos de seguranças. Não depende só do Flamengo.
A última partida do Flamengo aconteceu no dia 14 de março, contra a Portuguesa, no Maracanã, já com os portões fechados por conta da pandemia. Desde então, o elenco está de férias e tem volta prevista para o dia 1º de maio. Tudo, no entanto, depende da orientação das autoridades.
Volta de Jorge Jesus
- Mesmo que volte, o Flamengo dificilmente vai treinar no dia 1º de maio. O Jorge vai chegar no dia 1 à noite. Vamos conversar com ele, ver a programação de treinos, e dois dias depois começaremos se tivermos a liberação das autoridades.
Renovação Jorge Jesus
- Até você? Vamos voltar um ano atrás, quando contratamos a comissão técnica, fizemos um esforço enorme. Tínhamos muita segurança nele, mas tínhamos que analisar a parte financeira. O presidente Landim foi fundamental por ter acreditado. Fizemos todo esforço possível, aconteceu o que aconteceu dos títulos e passou um ano. Agora, tem a situação de renovação, só que agora num quesito mais fácil. Não é no escuro como lá atrás.
Busca por reforços
- Monitorar, fazer o dever de casa para quando precisar, é importantíssimo. O Flamengo faz isso. Mas, hoje, o Flamengo não está no mercado e não deve estar no mercado até ter tranquilidade até sabermos o que teremos para investimentos, o que tudo isso vai afetar na arrecadação do clube.
Corte de salários
- Já conversei com os jogadores sobre o que faremos na parte financeira. E não faz sentido falar com eles sobre readequação e ir ao mercado para compra. Não é de bom senso e é isso que vou fazer. Dei uma parada. Fizemos as contratações que deveríamos no tempo certo.
Gelo no sangue
- Nem me lembro porque usei essa expressão. O Flamengo estava demorando a contratar e eu falei: "Calma, precisamos ter gelo no sangue". Isso pegou de uma maneira. Viralizou demais. Até me param na rua.
Pé-quente
- Tem que ter sorte também, né?! A sorte vem acompanhada de outras situações. De fato, tenho alguns títulos importantes. Até uma quantidade boa. É sorte. Tem trabalho também. Sempre tive uma relação reta e transparente com os jogadores. Acho que sei tocar isso de não perder o controle, mas também não apertar.
Saudade
- No começo, até gostei. Estava descansando. Mas agora, já passou do momento, estou com saudade. A saudade é demais, enorme. Tem um momento que é mágico: quando o Flamengo sai da concentração e faz o caminho até o estádio. É o que mais tenho saudade.
Globo Esporte
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