COI é criticado por pré-olímpico de boxe em meio à pandemia; 7 estão infectados

(Foto: Adam Davy/PA Images via Getty Images)


Ao menos sete pessoas foram confirmadas com o Covid-19 no início do mês de março após participarem do torneio qualificatório de boxe para a Olimpíada de Tóquio, em Londres, evento autorizado pelo Comitê Olímpico Internacional a ser realizado na época, apesar do alerta de pandemia pela Organização Mundial da Sáude ter sido emitido no dia 11 de março.

O evento que começou no dia 14, foi cancelado após três dias de competição - os dois primeiros com público presente. A federação turca de boxe acredita que três pugilistas e um treinador da delegação do país pegaram o novo coronavírus enquanto participavam do torneio qualificatório europeu.

Oficiais croatas dizem que dois treinadores e um pugilista também foram infectados no mesmo evento. Antes do cancelamento do campeonato, atletas já haviam questionado sobre o risco de infecção.
- Por que eles deixaram esse evento acontecer quando o mundo já estava no limite com esse surto global nos últimos três meses? A saúde dos atletas não foi colocada em primeiro lugar , esse é o motivo de nossa frustração - disse Eyup Gozgec, presidente da Federação Turca de Boxe, em entrevista ao NY Times.

Torneio qualificatório de boxe para a Olimpíada de Tóquio é realizado em Londres em meio à pandemia no início de março — Foto: Adam Davy/PA Images via Getty ImagesTorneio qualificatório de boxe para a Olimpíada de Tóquio é realizado em Londres em meio à pandemia no início de março 

Os pugilistas turcos Necat Ekinci, Serhat Guler e Busenaz Surmeneli, assim como o técnico Seyfullah Dumlupinar, tiveram resultados positivos depois que viajaram de Londres para a Turquia, disse Gozgec. Ele também informou que escreveu para outras federações para ver se seus atletas que estavam no evento estão apresentando sintomas do vírus.

O torneio foi realizado por uma força-tarefa do COI, quando ainda existia a possibilidade dos Jogos Olímpicos serem realizados na data original pelas autoridades japonesas e pelo presidente do comitê olímpico, Thomas Bach.

Nesta quinta-feira, durante video-conferência, O Comitê Olímpico Internacional se defendeu e disse que a força-tarefa envolvida no evento não tinha conhecimento de existir vínculo entre a competição e a infecção:

- Muitos participantes estavam em campos de treinamento organizados de forma independente na Itália, Grã-Bretanha e em seus países de origem antes do início da competição, em 14 de março de 2020, e voltaram para casa há um tempo, então não há como saber a origem da infecção.

Globo Esporte

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