(Foto: Divulgação) |
Em sua infância, o que você queria ser quando crescesse? Novo contratado da Globo, Everaldo Marques responde a essa pergunta de bate-pronto.
- Ser narrador era meu sonho de criança. Eu não queria ser bombeiro nem astronauta. Cresci vendo esportes na década de 80, e não tinha TV por assinatura na época. Era TV aberta. Eu via a Globo, com o futebol nacional, as Olimpíadas e a Fórmula 1, e o Show do Esporte, na Band.
Aquele telespectador de longa data passa para o outro lado da tela a partir de março, com a chegada de Everaldo Marques para reforçar o time de narradores da Globo.
Mesmo já trabalhando no meio jornalístico, ele demorou a cumprir o sonho de infância. Nos oito primeiros anos de carreira, na Rádio Jovem Pan, entre 1996 e 2004, o paulistano da Mooca exerceu diversos papéis, entre eles produtor, apresentador e repórter - nesta função, cobriu durante três temporadas o circuito da Fórmula 1 pelo mundo.
A primeira chance na narração veio na TV Cultura, em 2005. Em outubro do mesmo ano, chegou à ESPN, onde ficou até a semana passada. Ele se despediu da antiga casa na última sexta, emocionado com homenagem que recebeu dos colegas.
Nesses 15 anos de narração, Everaldo Marques se orgulha de ter trabalhado em 63 modalidades esportivas diferentes. Ele afirma que essa versatilidade foi um dos fatores decisivos para a mudança de emissora.
- Estou indo jogar no Real Madrid. Isso é demais para mim, o portfólio de eventos da Globo mexe comigo, são competições que me fizeram ser um apaixonado por esportes. Eu decidi encarar esse desafio, estou com a energia renovada.
Na casa nova, um dos desafios de Everaldo será narrar a NBA no SporTV. Hoje uma das principais vozes associadas à liga no Brasil, o locutor conta que sua primeira experiência com o basquete americano, em dezembro de 2005, ocorreu quase por acaso.
- A ESPN já tinha narradores de basquete. Mas era plantão de Ano Novo, eles estavam de folga, e lá fui eu narrar Bucks x Knicks.
Bordão mais famoso surgiu em 2015
Foi durante uma partida da NBA que surgiu o bordão mais conhecido do narrador. No jogo 5 da final de 2015, entre Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers, Stephen Curry acertou uma cesta de três depois de um drible incrível em Matthew Dellavedova. Everaldo, então, soltou de imediato: "Curry, você é ridículo!".
O narrador conta que importou o bordão da língua inglesa, na qual a palavra "ridiculous" pode ter conotação positiva. Everaldo frequentemente é parado por fãs que pedem para ele gravar um vídeo chamando algum conhecido de ridículo.
- Eu faço, mas sempre incluo a pessoa aparecendo no vídeo. Se der alguma treta na família, não sou eu sozinho no vídeo ali - brinca.
Aos 41 anos, Everaldo Marques não economiza ao comentar suas referências na profissão. No rádio, cita José Silvério, Osmar Santos, Oscar Ulisses, Paulo Soares e "um jovem muito bom que narrava na Rádio Globo de São Paulo no fim da década de 80 chamado Luis Roberto". Na TV, ele aponta Galvão Bueno, Luciano do Valle, Milton Leite, Cleber Machado e o mesmo Luis Roberto.
Globo Esporte
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