Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB |
Diretor de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Jorge Bichara explicou que a entidade orientou suas confederações afiliadas e atletas para que não viagem ou programem treinamentos em países onde há risco elevado de contaminação por coronavírus. De acordo com ele, a doença ainda não causou um impacto negativo na preparação dos esportistas brasileiros para os Jogos de Tóquio 2020.
- É uma doença que tem causado impacto no calendário de competições internacionais, que tem promovido um acompanhamento diário em relação à programação de competições previstas seja para a preparação dos atletas já classificados, seja para a qualificação de novos atletas. Então, estamos em contato com as confederações brasileiras, com os atletas, tentando promover o uso de hábitos higiênicos que tentam reduzir o risco de contaminação, e tentamos orientar que não ocorram treinamentos ou viagens pra países onde ocorra um maior risco de contaminação - explicou o diretor de Esportes do COB.
Bichara explicou que até o momento o impacto na preparação brasileira para os Jogos de Tóquio 2020 não foi grande, mas Marcus Vinicius D'Almeida, do tiro com arco, precisou adiar um período de treinos na Coreia do Sul. Além dele, outros atletas aguardam a definição do calendário de suas modalidades, como o pólo aquático que programou um período de treinamentos na Itália, antes da disputa do Pré-olímpico na Holanda, e as equipes de ginástica que têm competições na Europa, inclusive uma também em território italiano, que sofreu um surto de coronavírus nos últimos dias.
Sobre a possibilidade de os Jogos Jogos Olímpicos de Tóquio serem cancelados ou adiados, Bichara informou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem passado orientações diariamente aos comitês nacionais. E, em nenhuma delas, essa hipótese foi mencionada.
- O COI mantém uma relação direta com seus filiados, no caso o Comitê Olímpico Brasileiro, no sentido de orientar sobre questões que envolvam riscos para a realização de jogos. Existem questões relacionadas a própria política interna do Japão em relação a suas restrições. Sabemos que existe uma atenção especial no COI à evolução da doença. A princípio, os orientações que recebemos é a de manter toda a preparação da equipe. É isso que estamos seguindo, é isso que estamos orientando às confederações, mas acreditamos que qualquer tipo de decisão só mais a frente - ressaltou Bichara.
Nesta sexta-feira, o COB emitiu uma nova nota oficial sobre o coronavírus. No documento, passou orientações sobre a infecção, transmissão e a prevenção da doença. E ditou as regras para viagens a países assolados pela a epidemia:
- Viagens à China e à Coreia do Sul são totalmente contraindicadas aos atletas e comissões técnicas;
- Viagens ao Irã, Itália e Japão devem ser evitadas por idosos e pacientes com doenças crônicas;
- Viagens aos demais países podem acontecer adotando medidas de proteção contra infecção.
- Vale, ainda, ressaltar e avaliar a importância da competição frente ao calendário olímpico. O foco atual das autoridades públicas é a contenção com isolamento de casos bem como a prevenção. Por isso, as políticas adotadas pelas organizações esportivas visam minimizar o risco aos atletas e reduzir as chances de transmissão.
- Não esqueça de conferir o plano de voo. Muitos deles fazem conexões em países com maior risco (EX: China, Coreia, Itália, Irã e Japão).
- Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), a preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio continua como planejado. Todas as medidas necessárias contra qualquer doença infecciosa serão adotadas para garantir a segurança dos atletas.
Globo Esporte
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