City pode ter pontos deduzidos de forma retroativa e perder título inglês de 2014, diz jornal

(Foto: Victoria Haydn/Manchester City)


A punição da Uefa dada ao Manchester City pode ter mais complicações. Segundo o jornal britânico “Daily Mail”, Liga Inglesa de Futebol (EPL, na sigla em inglês) também investiga o City por conta da questão do fair play financeiro (FPF) e, de forma retroativa, pode retirar pontos do clube na temporada 2013/2014. Caso isso aconteça, o Manchester City poderia perder o título conquistado na ocasião.

De acordo com o “Daily Mail”, as contas do Manchester City entre 2012 e 2016, período no qual o clube burlou regras do FPF e no qual a Uefa se baseou para punir o clube com a não participação nas duas próximas edições da Liga dos Campeões (além de multa), estão sendo analisadas pela EPL.

A reportagem diz ainda que o bicampeonato nacional conquistado nas duas últimas temporadas (2017/2018 e 2018/2019) não correria risco no caso de punição.

Real Madrid de olho em Sterling

Segundo o portal “TalkSport”, o Real Madrid pode se aproveitar da punição sofrida pelo City, uma vez que muitos jogadores podem deixar o clube. Até o meio de 2022, quando termina a sanção imposta pela Uefa, 19 jogadores vinculados ao City terão seus contratos encerrados. São nove do atual elenco, e 10 que estão emprestados. Dentre eles, seis têm vínculo somente até o fim da atual temporada.

Sterling, entretanto, não é um desses. O atacante tem contrato até 2023, um longo vínculo que seria uma segurança para Manchester City. No entanto, os dois anos longe da Liga dos Campeões pode afetar na estabilidade do elenco. E aí o Real Madrid entra na jogada com a ideia de contratar Sterling, um desejo de Zidane segundo a publicação.

Entenda o caso

No último dia 14, a Uefa anunciou que o Manchester City foi banido por dois anos de qualquer competição europeia de clubes. A confederação divulgou um comunicado alegando que a decisão foi tomada pelo Organismo de Controle Financeiro (CFCB), que também impôs uma multa de € 30 milhões (R$ 140 milhões na cotação atual) ao clube inglês por cometer sérias violações e também não cooperar com a investigação. O Manchester City declarou que vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).

O City foi considerado culpado por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016, apresentados à Uefa em um processo aberto depois de documentos vazados pela revista alemã "Der Spiegel", em novembro de 2018. A punição deve ser cumprida nas temporadas 2020/21 e 2021/22. Portanto, a equipe, que está nas oitavas de final da atual edição, segue na competição da atual temporada.

Os emails vazados mostravam que o proprietário do City, Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan, da família que governa Abu Dhabi, estava financiando o patrocínio anual de 67,5 milhões de libras da camisa, estádio e as divisões de base através da Etihad Airways, companhia aérea de seu país.

Globo Esporte

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