(Foto: Wolfgang Rattay/Reuters) |
Por Nicholas Araujo
Redação Blog do Esporte
A atuação do PSG na derrota para o Borussia Dortmund por 2 a 1 pela Liga dos Campeões nem foi uma das maiores preocupações da equipe francesa. O jogo já começou quente antes, quando o atacante Neymar deu declarações polêmicas sobre suas atuações no time de Paris.
O atacante brasileiro se mostrou irritado com as decisões do técnico Thomas Tuchel de deixá-lo de fora de compromissos do Campeonato Francês e da Copa da França que, segundo o jogador, tirou o ritmo para a disputa da Champions. Neymar estava fora desde o dia 1º deste mês, quando atuou na goleada por 5 a 0 em cima do Montpellier, onde lesionou a costela.
“Infelizmente tive que acatar isso, tive várias discussões, não curti o que eles propuseram para mim. Mas o clube é quem manda, tive que respeitar, infelizmente. Mas isso acaba sendo ruim para mim e para os meus companheiros”, afirmou o jogador, após a partida.
"Estava realmente lesionado, tinha uma fissura na costela. Mas não era nada que me impedisse de jogar. Óbvio que tive que ficar recuperando uma semana. Para o jogo contra o Lyon (9 de fevereiro) eu já meio que estava preparado para jogar, já queria jogar. Só que adiaram de novo, adiaram de novo e adiaram novamente"
Na coletiva de imprensa após o jogo da Champions, o técnico Tuchel precisou responder as declarações de Neymar, o que deixou o treinador incomodado.
“Sabemos que a relação técnica entre ele (Mbappé) e Ney é boa. Mas jogamos o dobro de partida que o Dortmund fez nas últimas semanas. Tivemos problemas de lesão com jogadores-chave. E eles sentiram a falta de ritmo, a dureza da competição, como vimos com Neymar”, disse Tuchel.
O técnico mostrou frustração com a derrota, mas ressalta que não se arrepende de suas escolhas.
“Tenho que tomar decisões antes da partida e assumo total responsabilidade (pelo resultado). Ninguém pode dizer o que teria acontecido se tivéssemos atuado num esquema diferente. Senti que jogamos com um pouco de medo. Medo de errar. Agora é buscar soluções e ter paciência”, disse.
Estamos aqui, mais uma vez, falando do péssimo clima que o atacante brasileiro cria no vestiário do PSG sempre que fica afastado por muito tempo dos gramados. Até então, Neymar se mantinha em silêncio perante a falta de ritmo, mas suas declarações antes da partida criaram um clima desnecessário.
Lembrando que um clima parecido, há duas temporadas, custou caro ao PSG. Com o técnico Unai Emery, Neymar o acusou de cercar jogadores do baixo clero. Dentre eles, Rabiot foi negociado com a Juventus e Lo Celso hoje está no Tottenham.
Tuchel realizou mudanças táticas dentro do clube. Saiu do 4-4-2 para jogar no 3-4-3 sem centroavante. Mesmo com a formação inusitada, a equipe lidera com folga o Campeonato Francês e segue vivo na Copa da França. As mudanças renderam críticas da imprensa francesa.
No mais, com o andar dos acontecimentos, o PSG pode pagar caro de novo por um comando liderado por Neymar. O momento é de colocar a cabeça no lugar e se organizar para o próximo confronto da Champions. Até lá, muita coisa vai acontecer, mas é preciso postura firme de todos os lados, principalmente da diretoria. Para mim, falta pulso firme para controlar a voracidade dos jogadores. Nada feito de cabeça quente dá certo ou eles irão repetir o mesmo capítulo.
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