Sérgio Oliva revela os principais desafios da busca por patrocínio esportivo

(Foto: Divulgação)


Em abril de 2019, o Ministério da Cidadania anunciou um aporte financeiro de R﹩ 70 milhões no Bolsa Atleta a fim de fortalecer a iniciativa do programa e aumentar o número de atletas apoiados. Segundo o ministro Osmar Terra a iniciativa visava a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

No entanto, o esporte paralímpico ainda apresenta uma certa carência de investimentos, como aponta o cavaleiro Sergio Oliva. "Há pouco investimento aparente no esporte paralímpico, mesmo sendo um ano de Jogos. Isso talvez seja em função do momento econômico do Brasil. As empresas brasileiras não têm a cultura de estimular os esportes pouco conhecidos do público, como é o caso do hipismo", revela.

Há poucos meses de distância de Tóquio 2020, Sérgio também destaca a maneira com a qual os investidores lidam com este período. "O esporte no ano olímpico ganha visibilidade, porém, por falta de interesses do empresariado nacional, os atletas não conseguem os patrocínios necessários para financiar os esportes que praticam, sendo difícil convencer as empresas a associar as imagens dos atletas aos negócios que elas pretendem vender", explica o atleta.

No que diz respeito às diferenças entre o patrocínio de atletas olímpicos e paralímpicos, Sérgio também destaca seu ponto de vista. "Os esportes tradicionais como judô, natação, futebol e vôlei são os mais visados no âmbito olímpico. Já no paralímpico há um grande apoio nos esportes mais conhecidos do público, como atletismo e natação, e mesmo com esportes mais tradicionais há uma certa dificuldade ao apoio financeiro, sendo a Bolsa-Atleta o maior incentivador do esporte nacional, o que não deveria ser feito", pontua Sérgio.

"A diferença entre os dois movimentos entre os patrocinadores é enorme, já que as mídias televisionadas dão mais ênfase no esporte olímpico, o que limita a possibilidade de conseguir um patrocínio no âmbito paralímpico", finaliza.

Comentários