Olimpíadas: Entenda os riscos dos esportes de alto desempenho na juventude e saiba como evitar lesões
(Foto: Pixabay) |
Você sabia que neste ano, além da tradicional Olimpíada, também foram disputados os Jogos Olímpicos da Juventude de inverno, reunindo os melhores entre 15 e 17 anos? Com alto desempenho e busca por um rápido resultado, os atletas começam muito cedo a treinar com grande intensidade, ficando propícios a lesões que podem atrapalhar o seu desenvolvimento.
Exercícios sem supervisão, realizados com carga maior do que a suportada ou feitos com a técnica inadequada do movimento, além de problemas relacionados com a estrutura do local de treinamento são os vilões quando falamos de lesões nessa fase de crescimento da criança ou adolescente.
Os traumas sofridos podem alterar o desenvolvimento e, a longo prazo, causam algumas complicações na saúde dos atletas como lesões por esforço excessivo, fraturas, deslocamentos, lesões de cartilagem e contusões, mas a entorse de tornozelo é a contusão mais comum.
Como podemos evitar?
É preciso permitir que os jovens atletas joguem com a sua própria intensidade e ritmo, melhorando a estabilidade dos músculos do tronco, músculos posteriores e realizando exercícios posturais desde pequeno, com supervisão de especialistas. Os praticantes de ginastica artística e rítmica, por exemplo, começam muito cedo a desenvolver o controle do corpo, isso também deve-se aplicar a outros esportes.
Especialmente durante o crescimento, as fases de crescimento, a região onde se concentra a cartilagem responsável pelo crescimento ósseo nas extremidades dos ossos longos são vulneráveis a lesões por sobrecarga mecânicas. Detalhes podem reduzir o risco desses traumas, como submeter a criança a uma consulta médica antes de iniciar o período de treinamento, promover aquecimentos corretos e supervisionados, obrigar o uso de equipamentos adequados para a modalidade e, principalmente, respeitar os limites do corpo.
* Dr. Leandro Gregorut é Ortopedista, especialista em joelho, ombro e cotovelo, na Clínica MOVITÉ e no Hospital Sírio Libanês e especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Já atuou como médico da seleção brasileira de handebol.
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