(Foto: Getty Images) |
Por Redação Blog do Esporte
A jornalista Felicia Sonmez, especializada em notícias de política no jornal The Washington Post, foi suspensa após tuitar uma acusação de estupro envolvendo Kobe Bryant no dia da morte do ex-jogador de basquete. Kobe após em um acidente de helicóptero em Calabasas, na Califórnia.
A jornalista publicou em seu perfil no Twitter um link de 2017 do site de notícias “The Daily Beast”, que tinha na manchete "O caso perturbador de estupro de Kobe Bryant: a evidência de DNA, a história do acusador e a meia-confissão".
A publicação gerou bastante repercussão, com muitas críticas a Sonmez por fazer a postagem em um momento impróprio, enquanto todos se emocionavam que a morte precoce de Kobe.
O The Washington Post, por meio da editora Tracy Grant, informou que a jornalista foi afastada das funções até que uma análise do caso seja concluída.
"A repórter de política nacional Felicia Sonmez foi colocada em licença administrativa enquanto o The Post analisa se os tuítes sobre a morte de Kobe Bryant violaram a política de mídia social da redação do The Post. Os tuítes mostraram um pré-julgamento que prejudicou o trabalho de seus colegas", disse, segundo o Daily Mail.
A jornalista chegou a publicar que recebeu ameaças de morte depois da publicação. Ela deletou todos os comentários que tinha feito sobre o assunto.
"Bem, isso foi para abrir os olhos. Para as 10 mil pessoas (literalmente) que comentaram e me enviaram e-mails com abuso e ameaças de morte, reserve um momento e leia a história - que foi escrita há mais de 3 anos e não por mim", escreveu. "Qualquer figura pública vale a pena lembrar em sua totalidade, mesmo que essa figura pública seja amada e essa totalidade inquietante Que as pessoas estejam respondendo com raiva e ameaças contra mim fala muito sobre a pressão que as pessoas sofrem para ficar caladas nesses casos".
O caso
Kobe Bryant respondeu a um processo criminal no estado do Colorado durante a temporada 2003/2004 sendo acusado de estupro. O caso não chegou a ir a julgamento. Uma funcionária do luxuoso hotel de Lodge & Spa, na região de Edwards, acusou Bryant de estupro à polícia local, mas depois se recusou a testemunhar contra o atleta.
Após a acusação ser cancelada, Kobe assumiu que mantinha relações sexuais com a jovem de 20 anos, mas que ela teria sido consensual. Na época, o atleta dos Lakers já era caso e tinha uma filha.
Exames de DNA foram feitos no jogador e na funcionária e os testes mostraram que a jovem teve relações sexuais com três homens em três dias, antes e depois da alegada agressão. A promotoria decidiu retirar as acusações contra o ala, cindo dias antes de os advogados de ambas as partes apresentarem suas alegações legais. As partes chegaram a um acordo extrajudicial, estimado em torno de US$ 5 milhões.
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