(Foto: Emanuelle Ribeiro) |
O deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ) afirmou nesta sexta-feira que o novo projeto de lei para regular a criação do clube-empresa pode ser aprovado no primeiro trimestre deste ano. Após passar pela Câmara, a demanda está com o Senado, onde ainda não tem data para ser votada.
- Há o entendimento de que possamos aprovar o projeto já no primeiro trimestre desse ano - garantiu.
- O ideal é que a transformação para o clube-empresa fosse obrigatória e não facultativa. É importante que criemos fortes incentivos, porque muita gente gosta de brincar de futebol, de ser chamado de presidente de clube - completou Pedro Paulo.
A declaração foi dada na sede da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), no Centro do Rio, onde o projeto foi assunto de debate. Além do parlamentar, também esteve presente o vice-presidente jurídico do Atlético de Madrid, Pablo Jiménez de Parga, que na última quinta-feira se reuniu com dirigentes do Botafogo em General Severiano.
- A sociedade anônima foi um passo positivo, mas não suficiente para garantir o bom funcionamento dos clubes. Os proprietários precisam ter claro que o o mercado do futebol precisa ser transparente, e os investidores precisam de tranquilidade. A lei no Brasil é um passo fundamental, mas a experiência do futebol espanhol ensina que são necessárias outras atitudes. A lei não basta - avisou o espanhol.
Também participaram nomes brasileiros especialistas em direito e marketing esportivo, além de representantes do setor financeiro. Como o advogado Pedro Trengouse, que auxilia o Botafogo a montar o próprio projeto. Ele pediu novas práticas internas dos clubes, para além da mudança de legislação, e alertou sobre a dificuldade de conseguir investidores.
Além disso, os especialistas também pediram a criação de uma liga de clubes, para além da CBF, que hoje monopoliza a organização do futebol brasileiro. CEO do Banco Plural, Rodolfo Riechert afirmou que "o Brasil leva uma goleada das principais ligas do mundo em questão de geração de receitas". Outro participante da mesa, Luiz Roberto Ayoub, da PCPC Advogados, destacou a grande quantidade de receita que o esporte traz à economia brasileira.
Globo Esporte
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